Agora
há pouco, estava recordando com minha mãe algumas peripécias do carnaval. Infelizmente,
me peguei a sorrir com algumas histórias desastrosas, como o caso de um rapaz
que foi registrar a perda de seus documentos e acabou detido. Isso mesmo! O
mancebo estava com um mandado em aberto e quando o policial consultou seu R.G. no
sistema, lá mesmo ele ficou! Quase não acreditei em tamanho vacilo. O infeliz
quase pôs um ovo, no momento em que um dos policiais o arguiu: "Como é mesmo que você se chama, fulano? E
como é o nome de sua mãe?"
Já era tarde quando ele resolveu levantar de
fininho, dizendo: “Dotô, vô aqui fora beber
uma água.” A essa altura as portas do posto já estavam protegidas por dois
policiais civis. O pobre se desesperou, começou a tremer e o policial insistiu:
O que foi mesmo que você aprontou,
rapaz???
–
Eu num fiz nada, dotô! Eu juro! Tem tempo
esse B.O. aí! Eu só vim aqui purquê pirdi meus documento! Eu só quiria vê meu Chicretão. Só isso, dotô!! E o Cricretão já vai saí daqui a pôco!
E
desabou no choro que nem criança. Chorou, esperneou, batendo os pés no chão,
que nem menino pequeno. E implorou: -
Pelamordedeus, dotô! Miliberaí, vai! Ôh minha Nossa Sinhora!!! Vô perdê meu Chicrete!
Ôh meu pai do céu! Cela não! De novo, não!!! Cela não!!
E
eu, me prendendo pra não dar risada.
Mas hoje, quem riu mesmo foi minha mãe, embora, salientando: É, minha filha... seria cômico, se não fosse trágico!
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