sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Sofrência.

E o médico perguntou:
- O que te trazes aqui? O que sentes?
- Sinto lonjuras, doutor. Sofro de distâncias.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um passeio no INSS - Parte I

Como é de domínio público, sofri um pequeno acidente e precisei fazer uma cirurgia para reconstrução dos ligamentos do joelho direito. A cirurgia seria indispensável e mais delicada do que eu poderia imaginar, há 4 meses atrás quando sofri o acidente. Confesso que achei que fosse apenas um deslocamento de rótula, no momento da queda e, foi somente no dia 10 de maio, que fiquei sabendo da gravidade da minha lesão.
O médico, Dr. Marco Baqueiro, profissional experientíssimo, entrou no quarto no dia seguinte a operação e exclamou:
- O que foi isso, menina? Que queda foi essa? Seu joelho estava destruído!!! Abri achando que seria sério, mas o trauma foi maior do que eu pensava!! Que queda, hein?!
Prova disso foi a cirurgia que durou 4 horas, mas felizmente no dia seguinte já estava de alta e começava minha peleja: aprender a ter PACIÊNCIA.
A fisioterapia só pôde começar um mês depois, pois no 16º dia, após a retirada dos pontos, o local abriu, devido a um edema em um dos pinos. Meu cabelo começou a cair muito e fiquei muito inchada. Sentia dores terríveis nas pernas e na coluna, no local da anestesia. Não podia dormir de lado, muito menos de bruços. Usei aparadeira durante três semanas e a hora do banho era terrível! Sentar na cadeira de banho era uma tortura, vestir a roupa então, uma verdadeira gincana. Tudo era difícil. Tudo era muito dolorido. Um dia, voltando da fisioterapia, escorreguei na garagem. A sorte é que estava apoiada no ombro do Curico. Mesmo assim, finquei sem querer a perna operada no chão e o joelho inchou na hora. Doeu muito. Não toquei o pé no chão o resto da semana. Foi muito sofrido. Engordei 7 quilos após a cirurgia e não havia nenhuma roupa que coubesse. Nenhuma sandália ficava confortável.
Com o passar dos dias, fui ganhando força. No primeiro dia, não conseguia tirar o pé do chão sem a ajuda das mãos. Perdi os músculos da perna direita e com isso, toda a força necessária para fazer os exercícios. Não conseguia sentar ereta, subir na maca, colocar o pé sobre o skate. Dobrar o joelho, nem pensar!! No início da trigésima sessão, comecei a aprender a caminhar apenas com uma muleta. Estava ótima e ganhando confiança! Foi quando a fisioterapeuta resolveu forçar mais um pouco e introduziu um pesinho de 1/2 quilo nos exercícios. No dia seguinte não pisei no chão. Cheguei no consultório com duas muletas novamente e ela bradou: -  O que é isso, Cleo??? O estrago já estava feito. Passei mais 3 dias sofrendo de dor, enquanto ela forçava o joelho na tentativa de não perder a dobradura da semana anterior. Não deu outra, voltei pro médico com uma tendinite e em conseguinte pros anti-inflamatórios/injeções à base de corticóide. Voltei praticamente à estaca zero. Dr. Marco suspendeu os exercícios e receitou mais 10 sessões de fisioterapia anestésica. Isso foi há cerca de 15 dias. Na sexta-feira passada voltei para a revisão. Ele me liberou novamente (durante 6x por semana) aos exercícios e ainda me prescreveu 2x por semana, sessões de hidroterapia.  Haja dinheiro pra tanto taxi!!! :(
No ensejo, aproveitei e perguntei quanto tempo ele estimava para a minha recuperação, pois precisava voltar pra casa, pro trabalho e pra minha rotina. Ele me deu mais 90 dias e transcreveu tudo num relatório, que eu deveria entregar na segunda perícia do INSS, dia 13/08, mais precisamente HOJE.
- Mais 3 meses, doutor? Tudo isso??
- Você não perdeu apenas uns ligamentos, Cleane, você sofreu um trauma, portanto, precisa de tempo e disciplina pra se reabilitar. Você não têm a mínima condição de voltar a trabalhar, por enquanto. Tem que ter paciência! Logo, logo, quem sabe até você não poderá fazer a fisioterapia em casa!?
- Mas Doutor, não vou precisar de exames novos? Questionei.
- Não há necessidade. A ressonância por si só fala tudo. No mais, tá tudo aqui no relatório. 

Hoje, cinco horas da madrugada já estava de pé. Não preguei os olhos à noite, imaginando passar pela humilhação chamada PREVIDÊNCIA SOCIAL. Minha última experiência tinha sido uma catástrofe. Fui tratada como um repolho na última perícia. Estava com todos os documentos, exames e o relatório médico (com a previsão de afastamento de 6 meses). Deferiram 2 meses. Tava fud*** com curativos e o local ainda inflamado e a criatura mal olhou na minha cara. Hoje foi ainda pior. Como todo castigo pra corno é pouco, aquele Exú ainda apertou meu joelho inflamado. Perguntou se não havia nenhum exame pós-operatório e não tocou no relatório médico. Perguntou o "por que" de eu estar com duas muletas e quase que eu respondi que era "moda". Expliquei que estava com tendinite e ele pediu o exame que comprovaria o que eu estava dizendo. 
- O médico não fez. Apenas examinou e prescreveu a medicação. Respondi.
Antes que eu terminasse a frase, ele mandou eu me dirigir a outra sala para ser examinada por outra perita.
- Colega, olhe aqui esse caso... ligamento... veja aqui... tem 3 meses de operada.
Ela pediu meu RG e retrucou sobre o cadastro. Informou que o nome da minha mãe estava divergente da minha identidade. Retrucou sobre o sobrenome e perguntou se eu tinha dois nomes? Apresentei o documento comprovando que era separada e só assim ela começou a digitar. 
- Não devia fazer sua perícia, pois seu cadastro está errado! Mas, já está pronto! A senhora pode aguardar o resultado lá fora.
Meia hora depois...
- Dona Cleane... assine aqui onde está o "X". Bradou o atendente.
E logo no primeiro parágrafo estava lá: 
IN-DE-FE-RI-DO AUXÍLIO DOENÇA - APTO(A) PARA AS ATIVIDADES LABORAIS.
Na hora me deu uma miséria ruim por dentro, uma espécie de dor de barriga... Já estava suando, nervosa com o tratamento daquelas duas criaturas. Saí de lá meio atordoada. Voltei pra casa com uma terrível dor de cabeça e fiquei sem saber o que fazer.
Mais tarde, resolvi ligar pra formiga-irmã. Ela já havia trabalhado no call center do INSS, certamente, poderia me orientar.
- Formiga-irmã, aconteceu isso, isso e isso. O que é que eu faço agora?
- Bom, você pode solicitar uma reconsideração do seu pedido, apresentar novos exames e outro relatório médico atestando sua incapacidade pro trabalho, mas eu duvido muito que eles defiram. Lá é mais ou menos o seguinte, se você está com uma perna lenhada, mas ainda tem a outra perna, tá apto pra trabalhar. Afinal, saci só tem uma perna, não é mesmo?? E caiu na gargalhada.
- Sem brincadeira, formiga-irmã e se eu der entrada no pedido de reconsideração e for indeferido novamente? E aí?
- Daí você volta pro trabalho ainda mais endividada e ainda  perde os dias que ficou aguardando nova perícia...só se o sistema mudou...
- Então não tem jeito. Tô num mato sem cachorro. O que eu faço agora, pelamordedeus???
- Você pode pegar o busú Terminal da França ou Comércio/Lapa, que é mais vazio, pedir ao motorista pra descer no ponto do TCA e seguir sentido a praça do Campo Grande, pra CHORAR NO PÉ DO CABOCLO!!! Aproveita que você está usando muletas. Dá pra entrar pela frente. Se der sorte, é capaz do cobrador nem ir até você registrar a passagem! (Oi????)

Merece os aplausos.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PRESSA.

Hoje acordei introspectiva. Pensativa, mais reflexiva do que o usual. A caminho da fisioterapia fui olhando a orla. Vi pessoas correndo, crianças brincando, surfistas... e muitos carros buzinando em ritmo frenético. Antes de abrir o sinal, os carros que estavam atrás já estavam buzinando pedindo passagem. Todos com pressa.
Chegando na clínica a recepção estava lotada. Todas as cadeiras ocupadas e um senhor (bem mais velho que eu) cedeu gentilmente o lugar para eu sentar. Duas horas e meia depois, eu aguardava o último aparelho para terminar minha sessão do dia, quando uma senhora sentou-se ao meu lado puxando conversa.
Ela: - Estou cansada de esperar. Estou aqui desde dez horas da manhã.
Eu: Silêncio.
Ela: - Você falta que aparelho?
Eu: - Ondas curtas.
Ela: - Eu também. Você chegou depois de mim, não foi?
Eu: - Estou aqui desde as nove e meia...
Ela: - Não senhora!! Cheguei primeiro do que você. Eu vi a hora que você chegou e sentou próximo à cadeira de rodas. Eu estava conversando com minha filha ao celular e era exatamente dez e dois (se referindo até aos minutos).
Eu: Cara de paisagem. (lembrando que havia sentado em outro lugar, após assinar a autorização do exame, cerca de meia hora depois que havia chegado)
Ela: - Minha filha, eu sou a próxima né? Estou com pressa! Perdi a manhã inteira aqui e não resolvi nada do que eu tinha pra fazer hoje. Esse povo daqui é muito lerdo. A gente perde uma manhã pra fazer uma bobagem. (bradou com auxiliar da fisioterapia)
Auxiliar: - Ela é a próxima! Ela chegou primeiro do que a senhora. (apontando pra mim)
Ela: - Chegou nada!!! Vi muito bem a hora que ela chegou! Eu sou a próxima!!!!
Silêncio enquanto as atendentes se entreolhavam. O aparelho ficou vago e a atendente olhou para mim, esperando minha reação.
- Pode deixar ela passar em minha frente, Jô. Ela tem pressa. Eu também já tive muita um dia...
E a senhora num rompante, entrou na sala de procedimentos.
- Cleo, me desculpe. E obrigada pela compreensão. Sei que você chegou primeiro. Foi muito educado de sua parte permitir que ela entrasse, pois é muito desgastante para nós lidar com pessoas desse tipo.
- Não se preocupe, querida. Sei bem como é isso. Como falei, já tive muita pressa um dia. Já corri muito, de um lado para o outro tentando resolver os meus problemas e ainda os dos outros. Vivia com pressa. Acordava apressada, dormia pouco. Corria pra concluir um trabalho, pra entregar uma encomenda, pra servir os outros. Mas agora, não posso correr mais. Olhe aqui...(mostrando as muletas) Mal consigo andar. É isso mesmo! (risos)
Ela sorriu docemente.
Moral da história: Às vezes não adianta correr e não chegar a lugar nenhum. Tudo é na hora de Deus. Às vezes, ocorrem situações para nos dar um FREIO e fazer com que cuidemos um pouco mais de nós mesmos. Situações essas que não nos permite fugir...

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dignos de pena.

"Ter inteligência acima da média é como ficar preso num engarrafamento. É mais ou menos como ter uma moto 1300 cc e só poder andar na primeira."
Conclui hoje, no taxi, lembrando alguns episódios a caminho da fisioterapia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reconhecendo os amigos.

Aprendi muita coisa após meu acidente. Aprendi a me conhecer melhor, a conhecer melhor meus familiares. Mas entre todas as coisas que aprendi e dentre as quais considero uma das mais importantes, foi reconhecer quem são meus amigos.
Nesses quatro meses pude fazer uma triagem e encontrei vários tipos:
  • Há aqueles que são "pau pra toda obra". Esses são sempre solícitos, ligam constantemente para saber como você está, se precisa de alguma (qualquer) coisa. Se prontificam a fazer os maiores favores sem querer nada em troca. São minoria e caso você possua apenas "um" em seu convívio, considere-se uma pessoa abençoada;
  • Há os "conselheiros". São do tipo "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". São excelentes para dizer o que você "tem ou não" que fazer e adoram querer saber de sua vida;
  • Há aqueles que podem receber a alcunha de "Gasparzinho Camarada". São como fantasmas: você não sabe se existem de fato pois nunca os vê, principalmente quando precisa deles;
  • Há aqueles que são como "estrelas". Mesmo quando você não pode vê-los, sabe que eles estão lá para o que você precisar... Esses geralmente são amigos de infância e a maioria das vezes, estão longe de você pelos desígnios da vida.
Poderia descrever mais uma dezena de tipos, mas prefiro evitar a fadiga. Por isso, com a experiência de quem já passou muita coisa nessa vida, dou uma dica para que vocês possam reconhecer um amigo logo de cara (sem que você precisem passar por um infortúnio como esse que estou passando): "observe as ações e reações diárias das pessoas". Observe quem são aqueles que ficam felizes com a sua felicidade e aqueles que só se aproximam de você por algum problema. "Eu tenho culpa que fulano foi assaltado? Eu tenho culpa que fulano tá doente? Eu tenho culpa que cicrano bateu o carro? Eu tenho culpa que "lá ela" tá em dificuldade?" (???)
Observe uma pessoa "passando mal", por exemplo, um monte de gente se aproxima. Alguns para ajudar, outros por pura curiosidade. Agora se você estiver em meio a amigos, aí sim, você está amparada, certo??? ERRADO. Talvez, se você for alguém "importante"... (haja puxa-saco)
Mas isso não significa que apenas quem se comove com a sua dor é seu amigo, não é mesmo? Afinal, o contrário pode também acontecer. Quem foi que nunca foi todo empolgado, contar para um "amigo" sobre a promoção no trabalho, sobre o pedido de casamento, sobre a compra do carro novo, sobre aqueles quilinhos a menos e viu aquele semblante frio e desapontador? E aí agora?? 
Pois é. É preciso mais do que ações isoladas para reconhecer um amigo. É preciso tempo. Porque tudo no princípio são flores, mas a constância de sofrimento e/ou de felicidade causa estranheza. É preciso mais mais do que um favorzinho aqui, outro acolá. Ser amigo, significa muitas vezes esforço, dedicação e renúncia. É difícil se sacrificar para ajudar o outro. Mudar a rotina, a rota, os planos. Trocar o horário, chegar atrasado, mudar o itinerário, antecipar as férias, mudar de casa, de quarto. É preciso mais. É preciso amor.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mal criada? Eu?

Não sei, só sei que acordei descompensada. Estou extremamente cansada, angustiada, agoniada, irritada e tudo que é "ada" que vocês possam imaginar. Tive uma noite de cão e acordei mau humorada. Estou melhorando, mas pela manhã... Jesus!! Se pudesse matar um tinha começado pelo taxista que me levou para a fisioterapia. O infeliz parecia estar carregando um saco de batatas. Mas minha natureza é a seguinte: quando estou muito, mais muito irritada eu fico quieta. Fico calada, inerte, olhando pra cara do sujeito. Porque se eu abrir a boca pra falar, é pior. Posso engolir alguém. Então faço cara de paisagem e mando se foder mentalmente, sabe? Eu amaldiçoo os ancestrais, os antecedentes, os agregados e se tiver animal de estimação, ele sobe na poeira também! Que nada!
O pior é que justamente nesses dias sempre aparece alguma criatura pra testar sua fé. Bem assim foi hoje. Primeiro foi o taxista (aquele rascunho de Dragon Ball Z) e por último, uma criatura na fisioterapia. 
Lá na clinica tem várias senhorinhas, algumas muitíssimo educadas, gracinhas. Mas também tem umas criaturas insuportáveis, que falam alto, conversam gritando ao celular e ficam procurando assunto com você o tempo todo. Se der corda entram mesmo em sua semana! O pior é que o assunto nas rodas de fisioterapia são apenas "tragédias". Cada um tentando mostrar que sofreu ou que sofre mais que o outro. Há ainda os tirados à médicos. Te receitam várias coisas e querem que vocês se comportem dessa ou daquela maneira. Há ainda os acompanhantes dos pacientes, que em geral, ficam na recepção observando quem entra e quem sai, como estão vestidos e até se o "calçado" que usam é apropriado para sua condição. E foi assim que uma criatura me abordou.
Todos os dias percebia que a bruta me reparava. Procurava se aproximar de mim com algum assunto e sempre perguntava uma coisinha. Numa chance em que estivemos à sós na salinha de procedimentos ela me contou sua peleja. Contou-me sobre as quedas que sofrera e de como fazia para se recuperar com rapidez. Mostrou o pulso, o ombro e tornozelo operados e disse que mesmo com isso tudo não parava quieta. Orgulhava-se de sua agilidade e segundo ela, um de seus maiores aliados era seu peso, me fitando e querendo se referir ao meus quilinhos a mais. "Se você tivesse menos corpo"... Insistiu ela.
Outro dia, ela observava enquanto o Curico me ajudava a sentar numa cadeira.
"Ainda bem que seu namorado é forte!", voltou-se pra mim sussurrando. Mas a de hoje foi a cereja do bolo. Enquanto eu fazia o ultrassom ela tagarelava e me observava. Quando eu levantei para ir embora ela bradou: Mas mulher, é verdade que você caiu com essa bunda toda??? (Oi?)
Não, cara pálida. Pra minha sorte eu havia deixado a bunda em casa! Humpf.
Não disse, mas tive vontade. Táquipariu!!! Mais uma vez mentalizei meu mantra e evadi.

sábado, 13 de julho de 2013

Um furacão chamado "Vida".


Ontem após 3 meses e meio voltei ao meu Universo Paralelo. Desta vez, não pra ficar, mas para organizar minha vida, refazer os planos, sacudir a poeira. A casa estava úmida, paredes mofadas, pintura destruída, tudo por causa de uma dessas chuvas fortes que caíram no mês passado. Perdi parte do telhado, o gesso alagou e com isso acabei perdendo também os travesseiros, o colchão e até o sofá. Tive sorte em não perder alguns eletrodomésticos. A lavadora de roupas e o chuveiro pifaram. Meus lençóis, roupas e sapatos estão uma lástima. Até meu notebook apagou. Tive que jogar muita coisa no lixo. A impressão que tenho é que um furacão passou por mim.
Tem sido muito difícil esses últimos meses, embora eu tenha encontrado pessoas boas (que muito tem me ajudado), embora eu tenha encontrado com elas, motivos para levantar e tentar novamente. Confesso que não tem sido nada fácil. Houve dias em que acordei mais motivada, outros, nem tanto, mas no fundo eu sempre acreditei em minha reabilitação! Não permiti que meu medo derrotasse a minha fé. 
Ainda ontem conversava com o meu pai sobre o poder do pensamento positivo. O poder que tanto o pensamento quanto as palavras exercem sobre as coisas e os acontecimentos. Sempre me considerei uma mulher de pensamento forte, de otimismo louvável e imagino que essa seja uma de minhas maiores virtudes, principalmente por acreditar que essa postura  me permitiu alcançar muitas coisas, que mesmo simples, pareciam estar longe de serem alcançadas. Mas de repente, me ver numa situação como essa, presa a par de muletas, totalmente  refém, me parece algo surreal. Como num desses dias em que acordei e procurei as muletas. Elas estavam diante de mim, encostadas na cômoda que fica em frente à cama, mas não havia jeito de alcança-las. Procurei então o celular, para pedir ajuda. Ele estava no criado mudo. Também não consegui alcança-lo. Foi uma sensação horrível! A fisioterapia também tem sido um martírio, mesmo sabendo que ela é essencialmente necessária. Sinto-me impotente.
Não sei o motivo pelo qual essas coisas acontecem comigo, mesmo me considerando uma pessoa espiritualizada e acreditando que nada acontece por acaso. Creio que pagamos por coisas que fizemos nessa ou em outras vidas e, é claro, que colhemos aquilo que plantamos. Todavia, tenho a impressão que o destino às vezes erra e manda merdas que não eram para mim, afinal, não me considero uma pessoa má. Sou sensível ao sentimento alheio, solidária e comprometida com a vida e com as pessoas. Por isso, vejo minha vida um pouco "pesada" para eu carregar. Será que trocaram meu check list lá em cima? Oi??

domingo, 7 de julho de 2013

Adendo ao post anterior...

Faltou eu dizer o seguinte: se é verdade que Anderson Silva se vendeu desta maneira tão vil, chego a crer que infelizmente o Brasil está indo pelo ralo. De fato, sua reação anormal de tranquilidade após a luta, principalmente em conversa com o novo campeão, confirmou minha suspeita. Até que provem o  contrário...
Um homem, atleta, esportista, cidadão e pai de família, demonstrou uma atitude vergonhosa e anti desportiva diante de um povo tão sofrido e carente de ídolos. Principalmente num momento crucial onde o país carece de exemplos. Todos nós perdemos!!
Realmente lamentável, senhor Anderson Silva.
Salve Ayrton Senna! Saudades eternas.

Cantei a pedra!

Que Anderson Silva que nada! Eu lá vi Anderson Silva nascer?? Fui foi dormir... linda e bela, descansar meu velho esqueleto cansado de guerra. Dormi o soninho dos justos enquanto o gigante (nem tão) adormecido aguardava a luta.
Cantei a pedra!!! Muitos se chatearam quando mencionei que ele estava fadado a perder com aquela presepada toda. Dito e certo.
Luta comprada? Sei lá. O certo é que perdendo ou ganhando o dele estava certo na conta bancária. O próprio já vinha bradando aos quatro cantos que não estava mais disposto a lutar pelo cinturão. O cara já está rico meu povo!! Tem esposa, filhos... que mais ele quer da vida? Curtir a dinheirama, imagino eu.
Bem feliz, eu e minha sogra é que não amanhecemos derrotadas, com um par de olheiras por causa de luta nenhuma. Afinal, amanheceríamos com as mesma cifras no banco. É ou não é, sogrinha?? kkkkkk

sábado, 6 de julho de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Em manutenção por tempo indeterminado!

Estes dias não tem sido fáceis. Tenho andado mais preocupada que o usual e meio atordoada. Cada notícia que recebo parece agulhas perfurando cada parte do meu corpo. Não, não é drama. Sei que a vida não está fácil para ninguém, mas para mim, excepcionalmente, está foda. Sinto minhas forças esvaindo e estou sempre alternando entre otimismo e pessimismo, humor e mau humor. Algo meio bipolar mesmo. Tenho evitado remédios, até por conselho de meus sogros, pacientes e vigilantes, que a cada dia procuram me doutrinar na arte de uma vida saudável. Meu sogro prometeu, inclusive, dar fim na minha farmacinha, que pousa num criado mudo ao lado da minha (deles) cama. Minha sogra, 'expert' em culinária, tem se desenvolvido na cozinha para me preparar guloseimas à base de frutas, cereais e gelatina (colágeno). Nem é bom mencionar "namolido"...(rsrs)
Ainda assim não tem sido fácil. Primeiro porque qualquer atitude requer mudança, insistência e adaptação. É fácil (ou menos fácil) ter atitude quando as coisas parecem bem, quando tudo está nos trilhos e você tem a impressão de que está com o domínio total da sua vida. Fica mais fácil manter o controle. Mas estes dias, não muito diferente do que o de costume, tenho estado vulnerável. Ontem percebi minhas pernas meio estranhas, a pele ressecada, os pés grosseiros, mesmo continuando com meu ritual de cremes e etc. Isso me deixou meio down. Sei que tudo é uma questão de tempo, mas ainda assim é difícil perceber (e aceitar) mudanças tão repentinas. Fico me perguntando como me negligenciei por tanto tempo. Fico lembrando dos planos que tracei (e não cumpri) e do tempo que sobrava para eu me dedicar a coisas saudáveis, e que perdi dormindo, muitas vezes. Sei e recordo, que muitos momentos o corpo estava exausto, moído, mas ainda assim, podia ter me esforçado mais. Talvez, se tivesse com os músculos mais fortalecidos não teria acontecido isso... talvez, talvez.
Mas o fato, é que o maiô, a touca e o roupão da hidroginástica ficaram intactos no armário e eu, estou aqui. Contudo, muito aprendi nesses 26 dias que estou de cama. Aprendi a olhar um pouco mais para mim e a valorizar ainda mais coisas simples, embora eu sempre as tenha valorizado! Sempre podemos valorizar a vida mais um pouco. Hoje perdi um pouco a pressa. Tinha sempre pressa, pressa, pressa e pressa. Vivia correndo de um lado para o outro e vocês sabem, meus diletos leitores, comentava aqui várias vezes que minha vida mais de assemelhava a uma "gincana". Mas toda máquina precisa de ajustes. E a minha, está em manutenção por tempo indeterminado, embora que à minha revelia.

domingo, 14 de abril de 2013

"Dani e Jhones."


Olá diletos leitores,
Estes são "Jhones e Dani", um casal de fofos que eu conheci na Ilha de Itaparica, na véspera do Reveillón 2010. Quem acompanha meu blog há algum tempo, deve lembrar do post "Relatório de pista - Parte II", quando contei a história de um lindo casal que ficaram noivos no hospital, após um acidente de moto (em que tive o prazer de ajudar).
Pois é, ironia do destino ou não, desta vez foram eles que vieram me visitar após o meu acidente. Encontro-me na mesma situação do Jhones, prestes a operar do joelho e a troca de experiências que tivemos neste nosso encontro foi excepcional, pois me incentivou e me fortaleceu para todos os obstáculos que terei de enfrentar até minha recuperação. 
O Jhones (que operou a "patela"), precisou recorrer a várias sessões de fisioterapia e ainda ficou 1 ano e meio afastado pelo INSS. Depois disso ele retornou às suas atividades com muita dificuldade, pois o mesmo me confessou, que não conseguia executar algumas tarefas que seu trabalho exigia, inclusive pelo fato de até hoje ainda não conseguir dobrar completamente o joelho operado. Já Dani, que sofreu fatura exposta no tornozelo, não precisou de cirurgia. Apesar disso, ficou três meses com o pé imobilizado e também teve de passar por cerca de 30 sessões de fisioterapia. Mas graças a Deus, ambos estão praticamente recuperados e apesar do trauma, conseguiram voltar às suas rotinas com muita dedicação e vontade de viver e, é claro, plantando flores nos caminhos por onde passam.
Obrigada meus lindos, pelo carinho, pela atenção e pela amizade especial de vocês dois.
Amo muito vocês!!! ;)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Aos meus amigos da SAEB.

Como é de domínio público, desloquei o joelho dia 27, no dia do aniversário do meu irmão. Desde então, abandonei meu Universo Paralelo e me aboletei na casa de "namolido" de malas e cuia. O motivo, vocês já sabem, é duro a odisséia de uma pessoa que mora sozinha. Saí então do "interior" e fui morar na "capital", pois namolido mora perto de tudo. Ainda assim, o que tenho gasto de taxi e remédios não está no gibi, fora a despesa que estou dando aos meus sogros, a exemplo do ventilador, que fica ligado o dia "in-tei-ri-nho".

Felizmente, ganhei uma família. Não posso reclamar de nada. Estou sendo muitíssimo bem tratada e confesso que fico até envergonhada com tamanho zelo. Sempre fui acostumada a servir e não tinha o hábito de estar "do outro lado da mesa". Estou feliz, pois sinto realmente que todo o amor que tenho recebido é sincero e recíproco e isso tem amenizado bastante a minha frustração de precisar de ajuda até para tomar banho. 

Para minha surpresa, soube ainda hoje, que os amigos do trabalho fizeram uma vaquinha para me ajudar nas despesas extras, além de todos os telefonemas, e-mails, mensagens no facebook e recados de solidariedade. Estou muito agradecida, mas confesso que também constrangida pela preocupação que causei a todos meus colegas e amigos.

Sei que somos extremamente responsáveis por tudo que acontece conosco, afinal, temos livre arbítrio para escolhermos nossos caminhos e nossas atitudes, contudo, às vezes, mesmo cheios de boas intenções, involuntariamente (e por que não inocentemente?), somos vítimas de algumas peças do destino.

Se pudesse escolher, não teria caído, consequentemente, não teria me afastado do meu trabalho e das pessoas que tanto amo e admiro.

Por isso, quero externar minha extrema gratidão pelos depósitos, pela confiança, pela solidariedade e acima de tudo, pela lealdade de todos aqueles que me ajudaram e me ajudam a "continuar de pé", ainda que no momento eu não possa fazê-lo.

Beijos, flores e abraços a todos e mais uma vez, muito obrigada!!!

Que Deus abençoe a todos sem exceção. :)))))

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Antítese.

Ontem fui muito, mas muito bem atendida, na SOMED da Pituba. Desde o recepcionista (que me buscou no taxi com a cadeira de rodas), até a atendente, o médico, o radiologista e o enfermeiro que tratou dos ferimentos. Todos muito prestativos e solícitos. O atendimento foi rápido, ou seja, não fiquei horas de molho na recepção e os profissionais me trataram com muita humanidade.
Pode parecer até bobagem, mas nos dias de hoje, em que as pessoas tratam as outras com tanto descaso, principalmente nos órgãos de saúde, algo que deveria ser obrigação passa a ser visto como favor, ironicamente até por mim (infelizmente), que me considero uma pessoa esclarecida, reconhecedora dos meus direitos. 
De qualquer forma, vale salientar a presteza no atendimento dessa clínica, caso alguém tenha o infortúnio de precisar de atendimento semelhante.
Fica a dica! ;)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

De molho.

A quem interessar possa, dei uma pausa (forçada) na minha vida social frenética. Como nada é tão ruim que não possa piorar, sofri um pequeno acidente na quarta-feira passada (27/03) e acabei deslocando o joelho, tudo isso por causa de um maldito cachorro.
Na sexta-feira, retornarei ao ortopedista e assim que estiver mais disposta e fortinha, farei um relatório pormenorizado contando minha peleja. Por ora estou aqui de molho... entediada, ociosa e dando trabalho aos outros, coisa que eu O-DEI-O fazer. Mas não posso reclamar... Eu sou amada!!! É só observar os mimos que estou recebendo, principalmente de "namolido", da minha sogricha, de "vó", de meus "cunhas", das "meninas", do fofo e de mamis. É sopinha especial, suquinho de frutas, bolo quentinho da hora...hummmmmmmmm.
Ai, ai. A vida é bela, mesmo estando com a perna engessada...

Ah! E não é pegadinha de "1º de abril", viu?

terça-feira, 26 de março de 2013

Ambiciosa.

Sabe o que eu queria de verdade???
Mandar essa porra de tratamento de enxaqueca pra puta que pariu, jogar minha "farmacinha" na lixeira, ou melhor, fazer uma fogueira com todas essas caixas de remédios e enfiar o pé na jaca!! Pois é, chutar o balde, sabe? Comprar uma bela garrafa de vinho barato, mais um "litrão", meia dúzia de chocolate Talento, uns queijinhos, uns petiscos, acender meu incenso de sândalo e algumas velinhas perfumadas, fechar todas as janelas e colocar Pink Floyd nas alturaaaaaaaaaaaaasssssssssssss...
Iuhuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!! Pronto! Pirei de vez!!!

domingo, 17 de março de 2013

Adeus, Chorão.

Desde o dia 06 de março de 2013 estou querendo (tentando) escrever alguma coisa a respeito da ida do meu saudoso Chorão para o outro plano. Desse assunto posso falar com maestria, pois desde meus 17 anos (idos 1995), nascimento de minha segunda filha, já travava batalhas com meu ex-marido por causa da minha admiração (e gosto musical) pelo Charlie Brown Jr. Mas desta vez, ele não precisou fazer esforço... A música por si só, silenciou. Meu amigo, fez suas escolhas... Hoje o mundo está mais triste. Não, não pensem que estou aqui como essa gente tirana, que usa das redes sociais e do sensacionalismo barato da mídia para macular a imagem de um ídolo, que mobilizou multidões e difundiu boas ideias, embora contrárias muitas vezes à sua (própria) prática, mas que soube transformar com letras e música, a mente de uma massa de iletrados e de “meninos de papai”, ensinando-os a observarem a vida de um outro ângulo, de vários ângulos, a reconhecerem valores morais, mas sobretudo, reconhecerem que somos todos iguais. E reconhecer o amor. E ele cantava o amor e exalava amor... Chorão... taí, não poderia lhe caber um apelido tão peculiar... servia-lhe como luvas... Chorão... Chorão...
De repente, Chorão se vê com vários “comentaristas” ridículos, como esse jornalista desinformado que veiculou seu nome num programa ao vivo sem sequer ter o cuidado de pesquisar sobre o que iria falar, um desrespeito não só com os fãs, como com a família, o filho e a própria memória do artista. Ainda pior que ele, são os bostéticos hipócritas, que fazem piadinhas com o assunto, tratam com desrespeito as pessoas que por alguma infelicidade da vida se encontram doentes, em dificuldade, e se sentem, ainda, no direito de julgar àqueles que de alguma forma, são acometidos por mazelas da alma e do espírito.
Chorão passou a ter ainda, “fãs repentinos” que nunca souberam cantar uma letra sequer de suas músicas, mas que, mais que rapidamente, passaram a postar fotos, frases, comentários com críticas e/ou elogios do que eles (praticamente) desconhecem. Em todos os shows do CBJr em que tive o prazer de ir, sempre ouvi Chorão falar muitas coisas, inclusive, o ouvi muitas vezes falar reiteradamente ao público, frequentado maioria das vezes por jovens e adolescentes, sobre o “respeito aos pais”, sobre a “disposição as coisas boas” e em conseguinte, às consequências que nossas atitudes deveriam ter. Mas o velho clichê nos acompanha... “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”...
Que médico tabagista nunca orientou seu paciente fumante a deixar de fumar??? Não cabe a nós julgar. Errado ou não, ele fez suas escolhas e cabe a nós, fazermos as nossas. E o bom seria se a morte do Chorão servisse ao menos de conscientização, para que as pessoas ao invés de exporem com essa morbidez as fotos do seu apartamento, do seu corpo e da sua ex-mulher, do seu filho, utilizassem desses veículos públicos para tratarem com a seriedade merecida esse problema mundial, oferecendo informação aos jovens e aos dependentes químicos, ajudando-os a se recuperarem, prestando-lhes assistência e prevenindo (zelando) por aqueles que ainda estão a salvo.
Chorão foi mais uma vítima. Como ele mesmo dizia: o errado que deu certo. Deu certo pra muitos e por muito tempo. Não se enganem!! Ele pode não ter conseguido se salvar, mas salvou (e vai salvar) muita gente. Quantas vezes eu mesma não saí de uma “deprê” ouvindo as músicas do CBJr?? Nossa! Meu irmão mesmo, é réu confesso... O próprio me confessou ter desistido de muita bobagem, baseado nas músicas do cara.
O fato é que todos nós somos um pouco "dependentes químicos". Precisamos de um jeito ou de outro de algum tipo de droga (seja ela lícita ou ilícita) para viver. Pensam que não? Ai, meu Deus do céu, o que seria de mim sem a amiga Fluoxetina e o amigo Tylex pra aplacar minha velha enxaqueca?? Que seria de painho sem seu remédio pra controlar sua pressão arterial? E mainha, coitada? O que seria da coroa sem seu remedinho pra dormir? Aff... E de outros sem a “ajuda simbólica” de meia dúzia de anabolizantes e de energéticos pra ir pra “cadimia” e de seus remedinhos pra emagrecer, rejuvenecer e etc, hein??? That is the question.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Quem Diabo liga?

Hoje após quatro dias de enxaqueca, consegui sair da toca. Fui ver o show de Maria Gadú na Concha Acústica com Curico. Uma comédia!!! Mas comédia mesmo, foi o traje com que a bela se apresentou no show: uma camiseta regata, um bermudão nos joelhos e um par de sandálias havaianas; cara limpa, sem nenhum acessório ou maquiagem.
A primeira impressão que tive, é de que ela havia acabado de fazer faxina na casa e foi direto pro palco. Não considerou os R$ 60,00 de quem desembolsou a "inteira" pra poder vê-la de perto. Em compensação, na platéia havia gente de paetê, bolsa de mão, salto agulha e o escambau. Claro que haviam também os fãs "alternativos" que, como eu, estavam de jeans e all star
"Nem tanto, nem tão pouco", sussurou Curico.
"Se soltar ela no Porto da Barra, sei não... é ver um trombadinha..."  Completei. 
E ficamos lá... rindo à toa e brincando de patrulhamento estético (risos).
Agora falando sério: a minha segunda impressão é de que, se ela tivesse nua, não teria feito a menor diferença?! Táquipari, que talento!!! Que show!!! Putamerda!!! 
Pra que roupa de grife com tanta voz? Pra que?? Pra que lipo? Pra que salto altoooooooooooo?? Pelamordedeus, pra que???

Por mim, formô, Gadú. Tu podes ir cantar até vestida de índio. Pronto! Falei!

terça-feira, 5 de março de 2013

Adeevinha?????

Adivinha quem foi que acordou hoje linda, loira e magra??? Isso mesmo, a Gisele Bündchen. Euzinha, aqui, continuo na luta!!! Humpf.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Ou eu tenho cara de rica...

Tudo começou quando eu me dei conta de que precisava mudar algo em minha vida. Resolvi começar pelo sofá. Pois é, invoquei que "quero porque quero", um sofá cor "beringela" e por isso, como o meu ainda está em ótimo estado, pensei em mudar apenas o forro e comecei por um orçamento no estofador. Que rufem os tambores, que o espetáculo vai começar...
Primeiro, o mancebo me pediu para mandar a foto por e-mail, dizendo que como se tratava apenas de mudança de tecido, uma olhada na fotografia seria o suficiente para ele fazer o orçamento. Mas o mais interessante, foi o tal orçamento. Sabe quanto o bruto me cobrou apenas para mudar o tecido do estofado? ? ? ? ? ? ? ? ? ? R$ 1.860,00. (Oi?)
Isso mesmo, pica-pau. Hum mil, oitocentos e sessenta reais em 4 parcelas. E isso porque eu escolhi um tecido "meeiro", pois havia tecido de até R$ 100,00 o metro. Pra ver até onde ia a palhaçada, perguntei qual o desconto que ele me daria se eu pagasse à vista. O belo fez cara de poucos amigos e disse que poderia me dar 5% de desconto. Peguei o papel do orçamento, minha indignação, guardei ambas na bolsa, agradeci (mocinha educada que sou) e disse que ia pensar. Peguei Mileide e a caminho de casa fui pensando, que, ou eu tenho cara de rica, ou tenho a cara de idiota!!! Só pode ser.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tudo pelo “Chicrete!”


Agora há pouco, estava recordando com minha mãe algumas peripécias do carnaval. Infelizmente, me peguei a sorrir com algumas histórias desastrosas, como o caso de um rapaz que foi registrar a perda de seus documentos e acabou detido. Isso mesmo! O mancebo estava com um mandado em aberto e quando o policial consultou seu R.G. no sistema, lá mesmo ele ficou! Quase não acreditei em tamanho vacilo. O infeliz quase pôs um ovo, no momento em que um dos policiais o arguiu: "Como é mesmo que você se chama, fulano? E como é o nome de sua mãe?"
Já era tarde quando ele resolveu levantar de fininho, dizendo: “Dotô, vô aqui fora beber uma água.” A essa altura as portas do posto já estavam protegidas por dois policiais civis. O pobre se desesperou, começou a tremer e o policial insistiu: O que foi mesmo que você aprontou, rapaz???
Eu num fiz nada, dotô! Eu juro! Tem tempo esse B.O. aí! Eu só vim aqui purquê pirdi meus documento! Eu só quiria vê meu Chicretão. Só isso, dotô!! E o Cricretão já vai saí daqui a pôco!
E desabou no choro que nem criança. Chorou, esperneou, batendo os pés no chão, que nem menino pequeno. E implorou: - Pelamordedeus, dotô! Miliberaí, vai! Ôh minha Nossa Sinhora!!! Vô perdê meu Chicrete! Ôh meu pai do céu! Cela não! De novo, não!!! Cela não!!
E eu, me prendendo pra não dar risada. 
Mas hoje, quem riu mesmo foi minha mãe, embora, salientando: É, minha filha... seria cômico, se não fosse trágico!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A mais nova cantada.

Amiga minha, saía do trabalho no intervalo para o almoço, quando ouviu um estalo de um beijo. Sim, alguém soltou um beijo para a moçoila. Ela olhou para trás como por impulso, imaginando que poderia ser algum "coleguinha brincante" (palavras da moça). Mas não era. Era um vendedor ambulante. Sim, diletos leitores (pasmem). Era um ambulante que estava a vender livros infantis, na porta da secretaria. 
- Vai um livro de estorinha, aí? Perguntou o bruto.
- Não, obrigada. Respondeu minha amiga, incrédula.
Percebendo que o homem a acompanhava, ela apertou o passo até o estacionamento quando o mancebo, sem se fazer de rogado, lançou essa:
- Você é show, viu?? Aliás, show não: Você é um Festival de Verão inteiro!!! (Oi???)

Sem comentários.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Eu juro...

Eu quero postar horrores, como se o mundo fosse acabar amanhã. Quero contar todos os casos engraçados, escrever todos os detalhes sórdidos, descrever cada minúcia... mas a culpa é dessa mi-se-rá-vel dessa enxaqueca que teima em me acompanhar. O piriri já partiu, mas a enxaqueca...
Eu devo ser muito gostosa mesmo! Nem todo "Amato", nem todo "Propranolol" do mundo faz essa infeliz me deixar. Humpf...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ó vida! Ó azar!

Tô em casa com "piriri" desde ontem. Não tenho forças pra quase nada e estou à base de Floratil, chá e torradas. Já de madrugada, levantei com uma "dor de cabeça do índio" e parti pras drogas pesadas. Não sei se estou com  "largadinho" ou com "ziriguidum", só sei que quero de volta meu original, porque minha xerox tá aqui, estendida no colchão.

Cansei dessa vida de rainha. Alguém quer o trono? :/


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Vai um carnêzinho aí??


Costa do Sauípe e Praia do Forte já foram uns dos pontos turísticos de maior glamour da Bahia até a CVC chegar. Bem assim, aconteceu com alguns camarotes de Salvador, até o Groupon e a Central chegar. Tá duvidando??? Dá uma bizoiada no “Feicirburqui” e veja as figuras.
Não, definitivamente, não tenho nada contra, afinal todo mundo tem o direito de se divertir* como quiser. E manifestar sua alegria nas redes sociais, da forma que bem lhe convier. Como diria amiga minha: “Não basta ser pobre; tem que postar foto e marcar no facebook.” Quem nunca fez isso, que atire a primeira pedra! (Euzinha mesmo, aqui, já fiz.) rsrs
Estou dizendo isso, com base nas reclamações que ouvi de vários foliões (principalmente turistas), nesses cinco dias de folia momesca. Este ano, o foco foram os camarotes. Soubemos de vários furtos dentro dos camarotes e a alegação das vítimas seria a “diversidade de público”. De acordo com os relatos, a culpa seria da facilidade nas vendas de ingressos (muitas vezes em “trocentas” vezes sem juros), o que ocasiona uma clientela bastante heterogênea, algo que de acordo com eles (a "elite"), não deveria acontecer. E Kiko???
Aposto que já tem gente de olho no Peixe Urbano, na captura de promoções para levar: a patroa, o cunhadão, a sogra, o gato, o cachorro, o periquito e o papagaio para passar o Réveillon em “grande estilo” em Morro de São Paulo, Itacaré ou quiçá, em Porto Seguro.

É como eu sempre digo, “Deus não deu asas à cobra, mas deu cartão de crédito!”

*Leia-se: se endividar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Recarregando a bateria.

Ufa!!! Missão cumprida! O carnaval acabou! E como eu havia previsto, muito caso engraçado para contar. Cada história, caros leitores, que só Jesus na causa! rsrs
Mas hoje não estou podendo. Estou aqui só o bocal! Estou só o bigode do gato Félix! Estou só a capa do Batman! 
Amanhã, quem sabe... se eu chegar com coragem do trabalho...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Au revoir.


Os preparativos para o carnaval estão no fim. Acabei de chegar do salão. Escovei as madeixas e as unhas estão prontas desde ontem. Modelo: oncinha. Um chuchu. As meninas do trabalho amaram! No intervalo pro almoço, Beyoncé e “Lúcia” aproveitaram o ensejo e também aderiram ao tema. Já estou de sacolas prontas para a casa de Menino Maluquinho.  O belo mora próximo ao circuito da festa e eu não podia recusar o convite de sogritcha. Um passarinho me contou que já tem todo tipo de guloseimas me esperando: queijinho cheddar, frutinhas fresquinhas, pãozinho de queijo, bolo de laranja... hum... tô bem na fita, viu? rsrs
Para hoje já temos entradas para um camarote em Ondina. Na sexta, ganhamos os abadás do bloco “Aviões Elétrico” entre outros convites, tudo 0800 graças a moral de sogrão, figura excêntrica. Ele já ganhou convites até para as ressacas pós-carnavalescas e sogritcha vive pegando em meu pé dizendo: “tá vendo aí, não estudou!”... ela é uma sogrinha brincante... rsrs... tudo isso porque estou tentando fazer malabarismos com minha agenda, pois vou trabalhar todos os dias do carnaval. rsrs

Pois é. Vou trabalhar novamente este ano. Na verdade, não é nenhum martírio para mim trabalhar no carnaval, eu até gosto. Claro que gosto mais de ver o dinheiro na conta, mas eu gosto! rsrs É exaustivo (trabalhamos 12 horas por dia), um pouco arriscado, mas é legal. A gente conhece pessoas novas, faz boas amizades, ajuda as pessoas. É um trabalho muito gratificante. O que seria da folia momesca se não fosse o trabalho dos bastidores? Essa gente que treina, se esforça, dá duro, se especializa para servir e atender o folião?! Então... no final, dá tudo certo! Já estou em ritmo frenético e sei que (como sou pára-raios de maluco) estarei com várias historinhas para contar aqui neste cafofo virtual.

Beijos e Au revoir.

Bom carnaval para todos!!!