quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dignos de pena.

"Ter inteligência acima da média é como ficar preso num engarrafamento. É mais ou menos como ter uma moto 1300 cc e só poder andar na primeira."
Conclui hoje, no taxi, lembrando alguns episódios a caminho da fisioterapia.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reconhecendo os amigos.

Aprendi muita coisa após meu acidente. Aprendi a me conhecer melhor, a conhecer melhor meus familiares. Mas entre todas as coisas que aprendi e dentre as quais considero uma das mais importantes, foi reconhecer quem são meus amigos.
Nesses quatro meses pude fazer uma triagem e encontrei vários tipos:
  • Há aqueles que são "pau pra toda obra". Esses são sempre solícitos, ligam constantemente para saber como você está, se precisa de alguma (qualquer) coisa. Se prontificam a fazer os maiores favores sem querer nada em troca. São minoria e caso você possua apenas "um" em seu convívio, considere-se uma pessoa abençoada;
  • Há os "conselheiros". São do tipo "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço". São excelentes para dizer o que você "tem ou não" que fazer e adoram querer saber de sua vida;
  • Há aqueles que podem receber a alcunha de "Gasparzinho Camarada". São como fantasmas: você não sabe se existem de fato pois nunca os vê, principalmente quando precisa deles;
  • Há aqueles que são como "estrelas". Mesmo quando você não pode vê-los, sabe que eles estão lá para o que você precisar... Esses geralmente são amigos de infância e a maioria das vezes, estão longe de você pelos desígnios da vida.
Poderia descrever mais uma dezena de tipos, mas prefiro evitar a fadiga. Por isso, com a experiência de quem já passou muita coisa nessa vida, dou uma dica para que vocês possam reconhecer um amigo logo de cara (sem que você precisem passar por um infortúnio como esse que estou passando): "observe as ações e reações diárias das pessoas". Observe quem são aqueles que ficam felizes com a sua felicidade e aqueles que só se aproximam de você por algum problema. "Eu tenho culpa que fulano foi assaltado? Eu tenho culpa que fulano tá doente? Eu tenho culpa que cicrano bateu o carro? Eu tenho culpa que "lá ela" tá em dificuldade?" (???)
Observe uma pessoa "passando mal", por exemplo, um monte de gente se aproxima. Alguns para ajudar, outros por pura curiosidade. Agora se você estiver em meio a amigos, aí sim, você está amparada, certo??? ERRADO. Talvez, se você for alguém "importante"... (haja puxa-saco)
Mas isso não significa que apenas quem se comove com a sua dor é seu amigo, não é mesmo? Afinal, o contrário pode também acontecer. Quem foi que nunca foi todo empolgado, contar para um "amigo" sobre a promoção no trabalho, sobre o pedido de casamento, sobre a compra do carro novo, sobre aqueles quilinhos a menos e viu aquele semblante frio e desapontador? E aí agora?? 
Pois é. É preciso mais do que ações isoladas para reconhecer um amigo. É preciso tempo. Porque tudo no princípio são flores, mas a constância de sofrimento e/ou de felicidade causa estranheza. É preciso mais mais do que um favorzinho aqui, outro acolá. Ser amigo, significa muitas vezes esforço, dedicação e renúncia. É difícil se sacrificar para ajudar o outro. Mudar a rotina, a rota, os planos. Trocar o horário, chegar atrasado, mudar o itinerário, antecipar as férias, mudar de casa, de quarto. É preciso mais. É preciso amor.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mal criada? Eu?

Não sei, só sei que acordei descompensada. Estou extremamente cansada, angustiada, agoniada, irritada e tudo que é "ada" que vocês possam imaginar. Tive uma noite de cão e acordei mau humorada. Estou melhorando, mas pela manhã... Jesus!! Se pudesse matar um tinha começado pelo taxista que me levou para a fisioterapia. O infeliz parecia estar carregando um saco de batatas. Mas minha natureza é a seguinte: quando estou muito, mais muito irritada eu fico quieta. Fico calada, inerte, olhando pra cara do sujeito. Porque se eu abrir a boca pra falar, é pior. Posso engolir alguém. Então faço cara de paisagem e mando se foder mentalmente, sabe? Eu amaldiçoo os ancestrais, os antecedentes, os agregados e se tiver animal de estimação, ele sobe na poeira também! Que nada!
O pior é que justamente nesses dias sempre aparece alguma criatura pra testar sua fé. Bem assim foi hoje. Primeiro foi o taxista (aquele rascunho de Dragon Ball Z) e por último, uma criatura na fisioterapia. 
Lá na clinica tem várias senhorinhas, algumas muitíssimo educadas, gracinhas. Mas também tem umas criaturas insuportáveis, que falam alto, conversam gritando ao celular e ficam procurando assunto com você o tempo todo. Se der corda entram mesmo em sua semana! O pior é que o assunto nas rodas de fisioterapia são apenas "tragédias". Cada um tentando mostrar que sofreu ou que sofre mais que o outro. Há ainda os tirados à médicos. Te receitam várias coisas e querem que vocês se comportem dessa ou daquela maneira. Há ainda os acompanhantes dos pacientes, que em geral, ficam na recepção observando quem entra e quem sai, como estão vestidos e até se o "calçado" que usam é apropriado para sua condição. E foi assim que uma criatura me abordou.
Todos os dias percebia que a bruta me reparava. Procurava se aproximar de mim com algum assunto e sempre perguntava uma coisinha. Numa chance em que estivemos à sós na salinha de procedimentos ela me contou sua peleja. Contou-me sobre as quedas que sofrera e de como fazia para se recuperar com rapidez. Mostrou o pulso, o ombro e tornozelo operados e disse que mesmo com isso tudo não parava quieta. Orgulhava-se de sua agilidade e segundo ela, um de seus maiores aliados era seu peso, me fitando e querendo se referir ao meus quilinhos a mais. "Se você tivesse menos corpo"... Insistiu ela.
Outro dia, ela observava enquanto o Curico me ajudava a sentar numa cadeira.
"Ainda bem que seu namorado é forte!", voltou-se pra mim sussurrando. Mas a de hoje foi a cereja do bolo. Enquanto eu fazia o ultrassom ela tagarelava e me observava. Quando eu levantei para ir embora ela bradou: Mas mulher, é verdade que você caiu com essa bunda toda??? (Oi?)
Não, cara pálida. Pra minha sorte eu havia deixado a bunda em casa! Humpf.
Não disse, mas tive vontade. Táquipariu!!! Mais uma vez mentalizei meu mantra e evadi.

sábado, 13 de julho de 2013

Um furacão chamado "Vida".


Ontem após 3 meses e meio voltei ao meu Universo Paralelo. Desta vez, não pra ficar, mas para organizar minha vida, refazer os planos, sacudir a poeira. A casa estava úmida, paredes mofadas, pintura destruída, tudo por causa de uma dessas chuvas fortes que caíram no mês passado. Perdi parte do telhado, o gesso alagou e com isso acabei perdendo também os travesseiros, o colchão e até o sofá. Tive sorte em não perder alguns eletrodomésticos. A lavadora de roupas e o chuveiro pifaram. Meus lençóis, roupas e sapatos estão uma lástima. Até meu notebook apagou. Tive que jogar muita coisa no lixo. A impressão que tenho é que um furacão passou por mim.
Tem sido muito difícil esses últimos meses, embora eu tenha encontrado pessoas boas (que muito tem me ajudado), embora eu tenha encontrado com elas, motivos para levantar e tentar novamente. Confesso que não tem sido nada fácil. Houve dias em que acordei mais motivada, outros, nem tanto, mas no fundo eu sempre acreditei em minha reabilitação! Não permiti que meu medo derrotasse a minha fé. 
Ainda ontem conversava com o meu pai sobre o poder do pensamento positivo. O poder que tanto o pensamento quanto as palavras exercem sobre as coisas e os acontecimentos. Sempre me considerei uma mulher de pensamento forte, de otimismo louvável e imagino que essa seja uma de minhas maiores virtudes, principalmente por acreditar que essa postura  me permitiu alcançar muitas coisas, que mesmo simples, pareciam estar longe de serem alcançadas. Mas de repente, me ver numa situação como essa, presa a par de muletas, totalmente  refém, me parece algo surreal. Como num desses dias em que acordei e procurei as muletas. Elas estavam diante de mim, encostadas na cômoda que fica em frente à cama, mas não havia jeito de alcança-las. Procurei então o celular, para pedir ajuda. Ele estava no criado mudo. Também não consegui alcança-lo. Foi uma sensação horrível! A fisioterapia também tem sido um martírio, mesmo sabendo que ela é essencialmente necessária. Sinto-me impotente.
Não sei o motivo pelo qual essas coisas acontecem comigo, mesmo me considerando uma pessoa espiritualizada e acreditando que nada acontece por acaso. Creio que pagamos por coisas que fizemos nessa ou em outras vidas e, é claro, que colhemos aquilo que plantamos. Todavia, tenho a impressão que o destino às vezes erra e manda merdas que não eram para mim, afinal, não me considero uma pessoa má. Sou sensível ao sentimento alheio, solidária e comprometida com a vida e com as pessoas. Por isso, vejo minha vida um pouco "pesada" para eu carregar. Será que trocaram meu check list lá em cima? Oi??

domingo, 7 de julho de 2013

Adendo ao post anterior...

Faltou eu dizer o seguinte: se é verdade que Anderson Silva se vendeu desta maneira tão vil, chego a crer que infelizmente o Brasil está indo pelo ralo. De fato, sua reação anormal de tranquilidade após a luta, principalmente em conversa com o novo campeão, confirmou minha suspeita. Até que provem o  contrário...
Um homem, atleta, esportista, cidadão e pai de família, demonstrou uma atitude vergonhosa e anti desportiva diante de um povo tão sofrido e carente de ídolos. Principalmente num momento crucial onde o país carece de exemplos. Todos nós perdemos!!
Realmente lamentável, senhor Anderson Silva.
Salve Ayrton Senna! Saudades eternas.

Cantei a pedra!

Que Anderson Silva que nada! Eu lá vi Anderson Silva nascer?? Fui foi dormir... linda e bela, descansar meu velho esqueleto cansado de guerra. Dormi o soninho dos justos enquanto o gigante (nem tão) adormecido aguardava a luta.
Cantei a pedra!!! Muitos se chatearam quando mencionei que ele estava fadado a perder com aquela presepada toda. Dito e certo.
Luta comprada? Sei lá. O certo é que perdendo ou ganhando o dele estava certo na conta bancária. O próprio já vinha bradando aos quatro cantos que não estava mais disposto a lutar pelo cinturão. O cara já está rico meu povo!! Tem esposa, filhos... que mais ele quer da vida? Curtir a dinheirama, imagino eu.
Bem feliz, eu e minha sogra é que não amanhecemos derrotadas, com um par de olheiras por causa de luta nenhuma. Afinal, amanheceríamos com as mesma cifras no banco. É ou não é, sogrinha?? kkkkkk

sábado, 6 de julho de 2013