sábado, 13 de julho de 2013

Um furacão chamado "Vida".


Ontem após 3 meses e meio voltei ao meu Universo Paralelo. Desta vez, não pra ficar, mas para organizar minha vida, refazer os planos, sacudir a poeira. A casa estava úmida, paredes mofadas, pintura destruída, tudo por causa de uma dessas chuvas fortes que caíram no mês passado. Perdi parte do telhado, o gesso alagou e com isso acabei perdendo também os travesseiros, o colchão e até o sofá. Tive sorte em não perder alguns eletrodomésticos. A lavadora de roupas e o chuveiro pifaram. Meus lençóis, roupas e sapatos estão uma lástima. Até meu notebook apagou. Tive que jogar muita coisa no lixo. A impressão que tenho é que um furacão passou por mim.
Tem sido muito difícil esses últimos meses, embora eu tenha encontrado pessoas boas (que muito tem me ajudado), embora eu tenha encontrado com elas, motivos para levantar e tentar novamente. Confesso que não tem sido nada fácil. Houve dias em que acordei mais motivada, outros, nem tanto, mas no fundo eu sempre acreditei em minha reabilitação! Não permiti que meu medo derrotasse a minha fé. 
Ainda ontem conversava com o meu pai sobre o poder do pensamento positivo. O poder que tanto o pensamento quanto as palavras exercem sobre as coisas e os acontecimentos. Sempre me considerei uma mulher de pensamento forte, de otimismo louvável e imagino que essa seja uma de minhas maiores virtudes, principalmente por acreditar que essa postura  me permitiu alcançar muitas coisas, que mesmo simples, pareciam estar longe de serem alcançadas. Mas de repente, me ver numa situação como essa, presa a par de muletas, totalmente  refém, me parece algo surreal. Como num desses dias em que acordei e procurei as muletas. Elas estavam diante de mim, encostadas na cômoda que fica em frente à cama, mas não havia jeito de alcança-las. Procurei então o celular, para pedir ajuda. Ele estava no criado mudo. Também não consegui alcança-lo. Foi uma sensação horrível! A fisioterapia também tem sido um martírio, mesmo sabendo que ela é essencialmente necessária. Sinto-me impotente.
Não sei o motivo pelo qual essas coisas acontecem comigo, mesmo me considerando uma pessoa espiritualizada e acreditando que nada acontece por acaso. Creio que pagamos por coisas que fizemos nessa ou em outras vidas e, é claro, que colhemos aquilo que plantamos. Todavia, tenho a impressão que o destino às vezes erra e manda merdas que não eram para mim, afinal, não me considero uma pessoa má. Sou sensível ao sentimento alheio, solidária e comprometida com a vida e com as pessoas. Por isso, vejo minha vida um pouco "pesada" para eu carregar. Será que trocaram meu check list lá em cima? Oi??

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