quarta-feira, 17 de julho de 2013

Mal criada? Eu?

Não sei, só sei que acordei descompensada. Estou extremamente cansada, angustiada, agoniada, irritada e tudo que é "ada" que vocês possam imaginar. Tive uma noite de cão e acordei mau humorada. Estou melhorando, mas pela manhã... Jesus!! Se pudesse matar um tinha começado pelo taxista que me levou para a fisioterapia. O infeliz parecia estar carregando um saco de batatas. Mas minha natureza é a seguinte: quando estou muito, mais muito irritada eu fico quieta. Fico calada, inerte, olhando pra cara do sujeito. Porque se eu abrir a boca pra falar, é pior. Posso engolir alguém. Então faço cara de paisagem e mando se foder mentalmente, sabe? Eu amaldiçoo os ancestrais, os antecedentes, os agregados e se tiver animal de estimação, ele sobe na poeira também! Que nada!
O pior é que justamente nesses dias sempre aparece alguma criatura pra testar sua fé. Bem assim foi hoje. Primeiro foi o taxista (aquele rascunho de Dragon Ball Z) e por último, uma criatura na fisioterapia. 
Lá na clinica tem várias senhorinhas, algumas muitíssimo educadas, gracinhas. Mas também tem umas criaturas insuportáveis, que falam alto, conversam gritando ao celular e ficam procurando assunto com você o tempo todo. Se der corda entram mesmo em sua semana! O pior é que o assunto nas rodas de fisioterapia são apenas "tragédias". Cada um tentando mostrar que sofreu ou que sofre mais que o outro. Há ainda os tirados à médicos. Te receitam várias coisas e querem que vocês se comportem dessa ou daquela maneira. Há ainda os acompanhantes dos pacientes, que em geral, ficam na recepção observando quem entra e quem sai, como estão vestidos e até se o "calçado" que usam é apropriado para sua condição. E foi assim que uma criatura me abordou.
Todos os dias percebia que a bruta me reparava. Procurava se aproximar de mim com algum assunto e sempre perguntava uma coisinha. Numa chance em que estivemos à sós na salinha de procedimentos ela me contou sua peleja. Contou-me sobre as quedas que sofrera e de como fazia para se recuperar com rapidez. Mostrou o pulso, o ombro e tornozelo operados e disse que mesmo com isso tudo não parava quieta. Orgulhava-se de sua agilidade e segundo ela, um de seus maiores aliados era seu peso, me fitando e querendo se referir ao meus quilinhos a mais. "Se você tivesse menos corpo"... Insistiu ela.
Outro dia, ela observava enquanto o Curico me ajudava a sentar numa cadeira.
"Ainda bem que seu namorado é forte!", voltou-se pra mim sussurrando. Mas a de hoje foi a cereja do bolo. Enquanto eu fazia o ultrassom ela tagarelava e me observava. Quando eu levantei para ir embora ela bradou: Mas mulher, é verdade que você caiu com essa bunda toda??? (Oi?)
Não, cara pálida. Pra minha sorte eu havia deixado a bunda em casa! Humpf.
Não disse, mas tive vontade. Táquipariu!!! Mais uma vez mentalizei meu mantra e evadi.

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