segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Grossa, eu? (Parte II)

Sexta me aventurei em mais um show na noite soteropolitana. Fui curtir um estilo musical um tanto quanto “popular” num lugar digamos meio light. E lá estava eu fazendo algo que eu adoro: patrulhamento estético e comportamental. Foi daí que surgiu a ideia do post “Grossa, eu?”, porque não é primeira nem segunda vez que sou taxada de grosseira e de desatenciosa. Acho que alguns homens pensam que são deuses, outros tem certeza.
Há cerca de um mês um belo ficou me cercando até (sabe Deus como) descobrir meu telefone. Tal como antibióticos, ligava quatro vezes ao dia sempre nos mesmos horários. Na mesma época, conheci outro mancebo trololó num evento. A diferença entre os dois é que enquanto um adorava um celular o outro era adepto dos torpedos. Era uma perturbação. Tinha horas que me confundiam. Resolviam ligar de número restrito e eu ficava lá, inerte, sem saber se atendia ou não. Quando eu estava ocupada ficava irritada e, tentando ser educada dizia: “olha, daqui a pouquinho falo com você,” o que não acontecia. Jacaré ligava? Nem eu. Daí pegaram ar. Foi quando recebi de um a alcunha de “ingrata” e do outro de “desatenciosa”. Pois é, senhoras e senhores, ouvi um sonoro “você é ingrata comigo” ao telefone.  Até hoje não entendi a aplicação do adjetivo na frase. Só sei que o outro disse algo mais ou menos assim... “você é muito orgulhosa. Nunca me deu um telefonema pra saber se eu estou vivo nem morto!” (Oi?)


Sexta conheci outra figura. Até então alguém disfarçado de pessoa normal. Um Neymar como disse Beyoncé. O castiço era o estereótipo de jogador de futebol: moreno, bem afeiçoado, “sarado” e muito simpático. Dancei mooooooito e bebi muita Schincariol, mas prometo que nunca mais cometo esse ato de autoflagelação, pois passei o sábado com uma dor de cabeça do índio. Ainda na festa, houve uma hora que precisei dar uma descansada no sofá do espaço vip (porque não sou fraca, nem nada) e quase dei uma cochilada, não fosse por uma patricinha que vomitou nos próprios pés, no sofá, no chão e por lá permaneceu sem que ninguém aparecesse para socorrê-la. Além das patricinhas, haviam vários mauricinhos encubados na arte de “arrochar”. Havia também casais de dançarinos demonstrando seus dotes artísticos ao som do forró do Estakazero. E por falar em dotes artísticos, lembram de Neymar?  Não tardou para o belo mostrar suas artimanhas no mundo trololó circense. Eis que menino jogador se interessou. Que coisa não? Não fosse pelos 23 aninhos do garoto.
- Como assim, Bial?! Com tanta menininha na festa?
- Ora, Eduardo e Mônica, por que não?
- Porque leite ninho está pela hora da morte, fofo!
***
Grossa, eu??????

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