segunda-feira, 6 de junho de 2011

Divagações.


Certas decisões costumam ser bastante difíceis para mim. Mas uma coisa é certa: quando eu tomo uma decisão, é porque já refleti muito sobre o assunto. Não sou o tipo de mulher que costuma ficar na zona de conforto. Tento, me arrisco.

Ultimamente, tenho pensado um pouco mais em mim, mas confesso que tem sido uma árdua tarefa. Isso tem requerido de mim um dispêndio de energia muito maior do que a simples atitude em dizer um “sim”. Contudo, tenho aprendido a respeitar os meus limites, mesmo isso tendo me custado também um preço muito alto. Sempre tive a tendência em tentar suportar mais do quê (o que podia de fato) aguentar, mas atualmente tenho aceitado minhas fragilidades. Com isso percebo que tenho desagradado algumas pessoas, mas aprendi que o esforço da minha contrariedade era muito maior que o benefício proporcionado no resultado final. Então joguei a toalha.
Hoje conto com o bom senso e com a compreensão dos verdadeiros amigos e da minha família. Infelizmente tenho me decepcionado com algumas pessoas, que se mostraram de uma forma diferente do que se apresentaram. Não sei. Talvez a culpa tenha sido minha. Talvez eu não tenha as observado direito e acabei por acreditar apenas em palavras, ao invés de estar atenta às ações. Outras, porém, deixei me levar pelas aparências e não levei em consideração suas ambições. Acho que me equivoquei em algumas avaliações, mas esta equação de amargas experiências e decepções tem fortalecido meu conceito de caráter, aumentando a minha certeza de que; são nos momentos difíceis, em que precisamos de ajuda e apoio, que conhecemos verdadeiramente as pessoas. Neste momento (inconteste) é que elas se mostram como realmente são.
Por outro lado, algumas têm me surpreendido positivamente. Agreguei pessoas ao meu convívio e me afastei de outras e o tempo tem me provado que fiz a escolha mais acertada. Outras simplesmente se distanciaram e tenho procurado respeitar, mesmo com aquele egoísmo insensato traduzido como “saudade”.  Não podemos impor a presença das pessoas em nossas vidas. Devemos agir com parcimônia na tentativa em querer participar da vida do outro, seja com boas intenções ou não. Muitas vezes, na ânsia de satisfazermos nossa vontade, perdemos o limiar em relação ao espaço do outro e acabamos confundindo uma proximidade (ou intimidade) existente apenas na cabeça de uma das partes. Ingenuamente, na maioria das vezes, na nossa.

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