sábado, 11 de junho de 2011

Enorme? Eu?? (dor compartilhada)

Colega minha me conta ontem no trabalho (indignada) que estava no supermercado com seus pais (já idosos) e seu filho (oito anos de idade), quando encontrou uma amiga que não via há mais de 20 anos. Leiam o relato (diálogo).

"- Fulana? É você? Bradou a criatura.
- Sim. Sou eu. Como vai, fulana? Toda sorridente.
- Nossa mulher, como você está ENOOOOOORME!!! O que é isso??? Não fosse pelo seu rosto que não mudou muito, jamais lhe reconhecia!! Tá ENORME mesmo, hein?" (Oi?)
Pausa para a revanche.
- Sabe o que é isso, mulher? Mordomia! Estou com os burros na sombra e as vacas no pasto. Um vida boa da porra!! Tô levando vida de rainha... Acredita que não sei o que é lavar um prato? A única coisa que ainda faço é mercado, que pra mim é diversão. Mas trabalho pesado?? Os únicos abdominais que faço são: um pela manhã, quando levanto da cama e o outro à noite, quando vou deitar em minha cama King Size com meus lençóis de Percal, a cara da riqueza! Se eu fui pobre um dia, eu não me lembro!!!

E deixou a criatura lá, com seu carrinho, com alguns itens da cesta básica...

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Nota da autora: "Não, pessoas. Ela não respondeu isso". Respondeu meio indignada e chorosa que havia mais de 20 anos que elas não se viam, portanto, mudanças eram naturais. Educadamente, ainda a apresentou seu filho e seus pais, reiterou votos de estima e consideração e foi embora, resignada, uma Lady que é. Esta resposta foi minha, que tomei suas dores, explicando que era isso que sua mui-amiga deveria ouvir. Ai, raiva!

Quando eu penso que já vi tudo?! Humpf... 

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