Prometi que escreveria sobre o que aprendi no Centro ontem. Contudo assumo a minha incapacidade para essa façanha, embora esteja bastante empenhada.
Foi muita coisa que ouvi. Um acúmulo de informações que embaralhou a minha mente. Por certo, posso descrever o que mais me chamou a atenção: a expressão das pessoas; as suas reações diante da leitura do evangelho e os constantes sorrisos e entreolhares com expressões de surpresa ao se depararem com qualquer semelhança diante do exposto na palestra.
O tema escolhido foi “A contemporaneidade”. O distanciamento causado pela modernidade e o aumento da depressão das pessoas com a solidão instaurada. O distanciamento dos amigos, dos amantes, da família, a falta de tolerância uns para com os outros e as consequências geradas. Tema bastante abrangente.
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Observo alguns desses pontos em certos comportamentos que me indignam com veemência. Costumo dizer que a internet é um mau necessário: ela aproxima quem está longe e distancia quem está perto. Depois do advento da internet e do msn as pessoas não conversam mais pessoalmente. Não se abraçam mais, não se beijam mais. Outro dia conversava com minha amiga She-ra e ela me contava que em sua casa ela conversa com a irmã (no andar de cima) através do msn; cada uma em seu notebook e em seu quarto. (oi?) É serio! Ela mesma concluiu que isso é (a)normal hoje em dia.
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Acho uma imensa falta de respeito pessoas que ficam conversando ao telefone ou ao celular enquanto outras esperam pacientemente para serem atendidas ou ouvidas. Trabalho diariamente com pessoas e há aquelas que preferem resolver tudo pessoalmente, cara a cara, olho no olho. Gosto de gente assim. Dou prioridade. Se me procuram no trabalho para resolver qualquer coisa e o telefone toca, peço para deixar o número de telefone para retorno, ou peço para perguntar se é algo urgente. Se for urgente, peço licença e procuro atender, mas priorizo quem se despencou de sua zona de conforto para ir em busca de ajuda ou de uma solução para o que se deseja. O mesmo tratamento dispenso aos meus amigos, à minha família e qualquer um que mereça.
Outro dia minha irmã foi me visitar. Falava ao celular quando ela bateu à porta e a pessoa com quem conversava se aborreceu porque eu disse que precisava desligar para atendê-la. Detalhe: conversávamos futilidades! (Oi?) É o umbigo do mundo é??? Ahhhhhhh, pelamordedeus! Faz um menos que eu pago à vista! Carência do cão é essa?! Preciso desligar, darling. Por telefone, conversamos a qualquer hora. Humpf...
Agora vejam só! Se queria conversar tanto, por que não fez o mesmo? Se era tão importante ser prioridade, por que não agiu com prioridade? Na-na-ni-na-não. Sou chata pra certas coisas. Basta saber que não tenho twitter, nem facebook (ok, ainda não tenho opinião formada sobre isso) e adoro cartas manuscritas e bilhetes. Tá! Um e-mail já me faz feliz, mas a presença física para mim ainda é especial.
Agora avaliem?! A pobre coitada da minha irmã chega em minha casa, com um sorriso enorme no rosto, doida pra me dar o “velho abraço”, cansada da ladeira, suada, com sede e eu ficar lá, com minha cara insossa no celular, fazendo de contas que foi um cachorro que chegou?? “Ahh, isso eu faço não, quero não, gosto não, mamãe me ensinou isso não..., não, não, não..., não quero não...”
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