domingo, 10 de abril de 2011

Como tudo deve ser...

A Liberdade... feliz de quem goza a liberdade. Acabei de perceber o quanto sou feliz tendo a liberdade como companheira. Acabei de me surpreender deitada em minha cama de casal, com lençóis limpinhos e cheirosos à alfazema, olhando para o teto e ouvindo Charlie Brown Jr. Há pouco estava meio down. Ainda não acostumei com a saudade. Mas me senti aliviada, afinal, sou livre e posso fazer o que quiser na medida das minhas possibilidades. Posso ler um livro, ouvir uma música, ir ao cinema. Até sair pela noite, se der na telha. Imaginei quantas pessoas estão presas neste momento numa cela de um presídio, nos manicômios, numa cadeira de rodas, ou numa cama de hospital, ou até mesmo em casa, num casamento cansado. Sou feliz! Tenho coragem!
Às vezes nos sentimos triste por coisas que não conseguimos alcançar. Nos sentimos preteridos, infelizes em algum momento quando as coisas não saem conforme planejamos ou desejamos. E nesse vaivém esquecemos de olhar e agradecer o que possuímos (e que de certa forma nos foi concedido) e a força que devemos continuar imprimindo para conseguir o que é mais difícil. A não ser que você seja rico ou não tenha ambições significativas, perceba que aquilo que mais tem valor na sua vida, é o que mais teve dificuldade pra conseguir?! Por isso é tão complicado para os que possuem as coisas com facilidade, determinar o que é realmente importante ou não. Ainda assim, não faço julgamentos. Deve não ser menos difícil se desvencilhar com facilidade do que é supostamente bom.
Pensando nisso, hoje tive um domingo esquisito. No meio da felicidade sentida, alternei entre momentos de satisfação e irritação. Cheguei a tomar um calmante. Claro que isso não é relevante. Sou trololó mesmo e isso não é mais novidade para quem me conhece. Mas minha irritação foi diferente. Era algo sem explicação, uma vontade de desaparecer, de sair voando, de me transportar para um lugar longínquo, inóspito. Sei lá. Coisa de pessoa bipolar. Telepatia, hipnose... algum analgésico para aplacar minha agonia. Estava com borboletas na barriga. Busquei dormir. E dormi muito. Dormi mais uma vez pela manhã, depois mais um pouco após o almoço, depois mais um pouco no final da tarde... e dormiria todo o tempo, não fosse pelas meninas. Leth fez parceria. Parecia sentir as vibrações. E sentia, confessou.
Uma impaciência sem muito sentido. Depois de levar a prole na casa do pai, voltei dirigindo pela Orla e pus a observar aquele marzão. Coisa linda! O tempo estava meio chuvoso, ainda assim, a noite estava belíssima. Pra que pensar bobagens?
***
Como dizia Chorão: “Podem me tirar tudo o que tenho, mas não podem me tirar as coisas boas que fiz para quem amo”...

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