domingo, 17 de abril de 2011

Pé que não anda, não toma topada...

Já dizia minha finada avó (que Deus a tenha) que “boa romaria faz, quem em casa está em paz”. Contudo passei o sábado inteiro em casa e estava a fim de respirar um pouco de ar puro. Levantei lá pelas 8h30. Tomei um banho, pus minha malha de ginástica de oncinha e peguei caminho da roça, digo, da Orla. Estacionei ali pelo Jardim de Alá e ensaiei um alongamento próximo ao carro mesmo. Comecei minha caminhada enquanto olhava o movimento. Muita gente sentada à sombra, caminhando, namorando, correndo e papeando nos quiosques. Não caminhei uns cem metros, quando ouvi uma voz masculina:
- Ei, psiu...dá o pé loura!
Fiz que não era comigo e continuei caminhando. Ainda escutei mais uns dois ou três “psius”... e segui, indignada! Caminhei por quase uma hora sentido Boca do Rio e resolvi voltar. Na volta, fui pensando na voz masculina e comecei a ficar nervosa. Como já havia sofrido algumas situações difíceis com homens inconvenientes, comecei a me preocupar, pois tinha que passar pelo mesmo lugar para chegar até o carro. “Vou andar o mais rápido que puder e seja o que Deus quiser!” Pensei. Quando me aproximei do quiosque, tal como no desenho Tundercats – “com minha visão além do alcance” enxerguei dois vovôs sentados à mesa de onde possivelmente havia partido os “psius”.
“Que alívio! Os mancebos devem ter ido embora.” Conclui. Mas, vida que segue, nem bem me aproximei do quiosque reconheci a voz de um dos vovôs:
- Êêêêê, loooooura!  Tu és a nora que mainha me pediu quando saí de casa...
Olha, não aguentei. Em frações de segundos veio à mente o vovô da Barra... Lembram dele? Aquele do post “Piloto da terceira idade” (novembro de 2010). E aí, larguei sem pensar:
- Pôôôxa! É de admirar que o senhor nesta idade, ainda tenha sua mãezinha viva!

E parti "a mil" para carro, é claro, antes que o eunuco da terceira idade se revoltasse. Ainda deu tempo de ouvir a gargalhada do outro (amigo) vovô.

Ahh! Faça-me uma garapa!

P.s.: Olha, desisto desse negócio de caminhar sozinha na Orla. Me identifico mais com minhas esteiras na academia. Lá não tem ar puro, mas ao menos, me sinto segura!

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