...e daí que ela saiu escada abaixo. Felicidade infantil, no mesmo padrão de sempre. Diferente, apenas o cenário. E nem deveria ter sido assim. Casa vazia, alguns poucos móveis, pessoas vigiando os cômodos. Ela se fez de cega... mas eles a notaram. Tanto notaram que logo deram um jeito de deixá-la escapar, de deixá-la ir, de iludi-la. Mas já era tarde. Já estava feito. E mais uma vez, ela deixou-se enganar. Tentou ainda (inutilmente) tapear o seu peito dizendo: “Está tudo bem, já era esperado, tudo vai ficar bem!”
Na realidade, não deveria ter sido assim. Era pra ser apenas um encontro fortuito, mas a saudade, às vezes tornam as coisas eloquentes. Realmente era tarde. Ao bater a porta do seu carro, caiu a ficha. Mas quem ama perde a razão e a vergonha. Perde o prumo e a pose. Perde os sentidos. A compostura e a fome. Perde o caminho. Foi quando ela pediu baixinho: “não me deixa fugir...” quase como uma confissão. Ela não queria deixá-lo, mas ele estava entre os seus. Ela conheceu aquele rosto, era o mesmo homem que sempre o acompanhava. Ele não sabia, nem acreditaria... então, ela partiu. E foi pra não virar as costas pra si mesma, que ela pensou se o pedido de desculpas realmente não fazia sentido... e foi pra não ficar sozinha e não querer fugir da vida, que ela avaliou se tudo aquilo não era passageiro e se convenceu de que ele não tinha noção da representatividade que aquelas situações (esdrúxulas) tinham para ela. Respondeu, mas foi somente pra não dizer, que não tinha o que dizer. Foi assim que as palavras saíram pela sua boca, sem que ao menos ela tivesse a certeza, se vinham realmente do seu coração. E sabe o que dizia o seu coração? Ele não dizia absolutamente nada. Seu coração era apenas a prova cabal, o testemunho certeiro do que ela sentia, da sua angústia, da saudade dela mesma quando estava com ele, da sua dor, do confronto diário consigo mesma em saber que, assim como aquela noite havia de passar, viria o dia seguinte fazê-la lembrar, que ele não estaria lá. Mas, forte como era, haveria de superar, afinal, não era mulher de terceirizar sua felicidade.
Na realidade, não deveria ter sido assim. Era pra ser apenas um encontro fortuito, mas a saudade, às vezes tornam as coisas eloquentes. Realmente era tarde. Ao bater a porta do seu carro, caiu a ficha. Mas quem ama perde a razão e a vergonha. Perde o prumo e a pose. Perde os sentidos. A compostura e a fome. Perde o caminho. Foi quando ela pediu baixinho: “não me deixa fugir...” quase como uma confissão. Ela não queria deixá-lo, mas ele estava entre os seus. Ela conheceu aquele rosto, era o mesmo homem que sempre o acompanhava. Ele não sabia, nem acreditaria... então, ela partiu. E foi pra não virar as costas pra si mesma, que ela pensou se o pedido de desculpas realmente não fazia sentido... e foi pra não ficar sozinha e não querer fugir da vida, que ela avaliou se tudo aquilo não era passageiro e se convenceu de que ele não tinha noção da representatividade que aquelas situações (esdrúxulas) tinham para ela. Respondeu, mas foi somente pra não dizer, que não tinha o que dizer. Foi assim que as palavras saíram pela sua boca, sem que ao menos ela tivesse a certeza, se vinham realmente do seu coração. E sabe o que dizia o seu coração? Ele não dizia absolutamente nada. Seu coração era apenas a prova cabal, o testemunho certeiro do que ela sentia, da sua angústia, da saudade dela mesma quando estava com ele, da sua dor, do confronto diário consigo mesma em saber que, assim como aquela noite havia de passar, viria o dia seguinte fazê-la lembrar, que ele não estaria lá. Mas, forte como era, haveria de superar, afinal, não era mulher de terceirizar sua felicidade.
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