quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Perspectivas vindouras.

Hoje estava fazendo prospecções. O carnaval se aproxima e isso é um fato preocupante. Pelo menos para mim que estou, digamos assim, cheia de “compromissos”.
Geralmente costumo trabalhar no Carnaval. Isso mesmo TRA-BA-LHAR!! Sei que ninguém merece trabalhar na folia momesca, mas a necessidade faz a ocasião.
Há alguns anos, acontece uma parceria entre a Secretaria da Administração do Estado e a Secretaria de Segurança Pública, em que alguns servidores se inscreviam e recebiam treinamento específico para trabalhar em postos espalhados no percurso da festa, registrando ocorrências e atendendo turistas. Pois é! Em vez de gastar na festa, lucrar com a festa. Por que não?
Ano passado fui convocada, mas não trabalhei. Havia terminado namoro em dezembro e estava disposta a curtir a solteirice como mandava o figurino. Botei o pé na pista e caí na folia. Mas este ano, estou com planos diferentes. Nada de colares do Gandhy, nem de camarote 0800, nem de óculos da tiazinha, nem de tiara do capeta, nada disso. Estou pensando mesmo, é em garantir o IPVA de Morango.
Vida que segue se porventura não conseguir vaga neste ano, que ao menos consiga um refúgio em Cabuçu ou na Ilha, longe do barulho dos trios e de toda sorte de viroses e doenças contagiosas distribuídas ao longo do circuito. Mas porque estou escrevendo isso agora?
Bom, tudo começou com o homem da manutenção, que foi fazer a limpeza do ar condicionado da minha sala lá no trabalho. Humpf... depois que já estou rouca, com 39 de febre e com um gato atravessado na garganta, ele chega pra consertar a porcaria do ar. Após o conserto, já ligado, o ar continuou com cheiro de cachorro na chuva e Cacá sugeriu bater um Bom Ar. Eu, sugeri derramar um Vick VapoRub, ou essência de eucalipto, pra unir o útil ao agradável, mas Cacá foi contra (risos). Disse que isso iria arder os olhos e ninguém conseguiria ficar na sala. Foi o suficiente pra eu recordar um episódio bizarro que sofri no meu trampo pitoresco no Carnaval de 2008...
“Um elemento foi preso pelo batalhão da PM e levado para o posto que eu trabalhava como digitadora. O cara estava tão doido, tão doido, que foi preciso mais de quatro homens para segurá-lo. Ele gritava, esperneava, tentando se livrar dos policiais e foi preciso muita força para detê-lo. Fiquei assustada, pois ele havia roubado um turista e ainda o teria lançado covardemente nas pedras no Farol da Barra, ao lado do posto que eu estava. As câmeras de segurança havia filmado tudo e a polícia foi muitíssimo eficiente, prendendo o bandido em flagrante. O meliante estava possuído. Usaram até spray de pimenta para contê-lo, mas não adiantou. O que adiantou, foi que ficamos com os olhos ardendo e lacrimejando e o infeliz, nada sofreu. Após muita luta, conseguiram colocá-lo na cela, mas a azeitona do Martinni ainda estava por vir: não é que o doido tirou toda a roupa e começou a fazer cocô?! (Oi?) Isso mesmo. Cocô! E pior, começou a jogar nas paredes do posto, nos outros presos, no delegado, nos agentes..., olha foi a verdadeira dééeesgraça!
Você ri? Porque não foi você que estava lá, trabalhando em pleno sábado de carnaval, com os olhos ardendo de spray de pimenta e aquele cheiro miserável. Ôh, gente! Pior foram os outros presos... (deu até pena dos mízerávi) os infelizes choravam, gritavam, pediam pra sair..., olha foi à treva!
Tinha gente que sorria, que gargalhava, que chorava..., Ôhhh Gé-zuis!!!
O camburão chegou pra levar os que já tinham ocorrências anteriores para a detenção, mas ninguém queria encostar na criatura, toda “pôdhi” de cocô.
Olha, foi uma odisseia tirar aquele homem de dentro da cela. Ninguém aguentava o mau cheiro. Chamaram a turma da limpeza e eles chegaram pra limpar a miséria que aquele “Exú sem luz” tinha feito. Jogaram uma zorra de uma ‘creolina’ na cela e pelos corredores do posto, que eu não sabia o que era pior.
Saldo: cheguei em casa esvaindo de dor de cabeça, exausta e indignada. Mas eu ri tanto, mas tanto, com o pessoal no outro dia, que valeu à pena. Pior foi a turma que foi trabalhar pela manhã. Disseram que quando o sol bateu logo cedo e esquentou o posto, a cena era triste!"
Pensa que acabou os casos bizarros? Depois eu conto outro. kkkkk

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