Noite de surto – Parte I
A lua me chamou e eu saí ontem à noite com a Rainha dos amplexos. Fomos curtir um Rock and roll na night soteropolitana. Estava lá “de boa” tranquila e calma com minha long neck na mão, quando toca uma música incrível que me remeteu imediatamente a lembrança da minha amiga Honey (snif..., quanta saudade). Peguei o celular e me pus a digitar uma mensagem. Eis que aparece uma criatura (estilo "abominável Homem das Neves") e retruca:
- Mensagem pra namorado uma hora dessa!?! (oi?)
“ Má rapá! E é da tua conta, Cara Pálida?” Tss, tss... Não respondi. Mas tive vontade. Me contive ao lembrar de um maluco que tentou me agredir, anos atrás, na saída do “Rock in Rio Café” do Aeroclube (na época que Aeroclube era Aerocluuuuube) porque não aceitou levar um fora. Humpf...
Noite de surto – Parte II
Mais tarde (depois de alguns torpedos enviados e de ter bebido mais algumas ‘necks’), surge um castiço (surreal, um tipo difícil de classificar) da outra ponta do barzinho, fazendo sinal que queria dançar comigo. Detalhe: tocava Beatles. Não era tango, nem forró, nem valsa... Sim. Era Rock and roll, senhoras e senhores, ainda que retrô. Fiz sinal com a cabeça que NÃO, mas o mamulengo não se deu por satisfeito. Arrodeou, tomou mais uma, beirou... até que, resolveu se aproximar. Vejam a abordagem:
- Estou prestando atenção em ti, desde que cheguei aqui. Te convidei para dançar, você não quis. Não estou te vendo acompanhada?! (Primeira merda: quer dizer que eu só posso ir curtir meu rock and roll, bebericar minha cervejita e dançar se for acompanhada de um homem? Ok, vamos lá...) Dei uma de imbecil e disse a ele que estava acompanhada, apontando para a Rainha dos amplexos, que estava do meu lado, a menos de um metro de distância.
- Não me refiro a essa companhia, mas uma companhia masculina. Você tem namorado? Ora, claro que não. Se tivesse, não estaria aqui, não é mesmo? (Segunda merda: quer dizer que namorado é calcinha, que você não pode sair sem?! Ok, vamos lá mais uma vez...) Didaticamente, expliquei ao infeliz que não tinha namorado, mas que “filha de Deus que sou”, mereço me divertir um pouco.
- Você é muuuuito linda! Encheu a boca. Desculpe se estou sendo inconveniente, mas... (interrompi!)
- Olha, obrigada pelo seu elogio (tentei ser mais didática possível, pois como falei, não estou aí pra apanhar em saída de festa), mas realmente estou afim apenas de curtir o som e dançar um pouco (e molhar as palavras, que ninguém é de ferro!). Você também é muito simpático e não terá dificuldades em encontrar uma moça que queira curtir um bom papo. No entanto, não é este meu objetivo. Portanto, não me leve a mal, mas prefiro dançar aqui mesmo, soltinha e acompanhada de minha amiga.
Um minuto de silêncio e uma cara ávida de susto.
- Nossa! Pelo visto não me enganei. Além de linda, você é também muito educada e meiga. Prazer. Meu nome é “fulano” (esticando a mão). Olha, eu trabalho em “tal lugar assim, assim” se precisar de qualquer coisa, tá aqui meu cartão. (oi?)
Resumo da ópera: Peguei o cartão por educação e descartei na lixeira do WC, sem entender bulhufas; O belo toma um fora e ainda faz relações públicas? Tss, tss... O mundo realmente é muito estranho. Vai entender. Homem é mesmo tudo trololó.
***
Pensam que acabou?? Na-na-ni-na-não. Tem mais. Mas vou me ater a essas duas estorinhas, pois estou batendo pestanas, com um sono da ‘bobônica’. Essa minha vida social frenética tá me custando algumas olheiras. Inté amanhã.
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