terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Maratona.

Hoje foi um dia longo. Acordei sete horas da madrugada, engoli um café com leite e saí. Passei o dia resolvendo coisas e relembrando momentos que me causam muita dor. Esqueci de comer. Na verdade, não tive fome. Olhava as coisas do meu irmão e tinha um sentimento estranho. Me senti mal por alguns instantes. Senti a vista escurecer. Senti arrepios pelo corpo e pensamentos pessimistas insistiam em ficar. Fiz uma oração. Pensei em como tudo podia ser diferente. Queria uma recompensa pelo desamor que não me esforcei por causar. Queria ter escolhas. Senti uma enorme vontade de chorar na fila do cartório. Meu anjo da guarda me alertou: “Não vale chorar!”... E eu, desobediente, chorei copiosamente. Passei o dia assim. Correndo de um lado para o outro, como se resolvesse coisas de quem não estava mais aqui. Coisa estranha...
Lá pelas cinco e meia da tarde (ainda sem almoçar), voltando com o sentimento de dever quase cumprido, quase bato o carro. Estava meio fora de mim. Respirei fundo. Agradeci. Estacionei. Pensei.
Pois é. Pensando seriamente em pegar um disco voador rumo a Marte. Sério. Quem sabe, evaporar feito gás rarefeito. Como dizia Mestre dos Magos, simples assim.
Mas, mais uma vez, eu sobrevivi. Não sucumbi à dor. Amanhã é outro dia. E dia feliz. Podem crer.

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