terça-feira, 19 de outubro de 2010

Colaboração de amiga e leitora deste blog...

Colega minha, outro dia veio chorar suas pitangas. Éramos colegas de faculdade e na época, acompanhei todo o idílio. Quando se conheceram, ela tinha namorado e o castiço respeitou. Lá pelo quarto semestre ela termina o namoro, até que começaram a trocar uns olhares e no finalzinho da aula, numa sexta-feira, ele a convidou para tomar uma cervejinha. Já no primeiro encontro, ele conta que “tem uma pessoa” (modo como iria se referir sempre a sua respectiva), mas que sempre a achou interessante e que nunca se aproximou antes, porque ela era comprometida. Bom, o fato é que o belo jogou limpo, por assim dizer e marcou 1 X 0 no placar. Saíram algumas vezes e a química era boa. Mas havia a “outra pessoa” e ela, mesmo não planejando futuro, não se sentia bem com a situação. As queixas dele eram frequentes: ele não tinha tempo para saírem, lamentava a sua sorte, pois considerava que não tinha feito exatamente uma opção, as coisas tinham assim “acontecido” e agora estava difícil “se sair” (palavras do sujeito). Além disso, ela conta que a tal “pessoa” (ou seja, sua respectiva) tinha um ex-marido problemático, uma filha pré-adolescente desorientada, uma mãezinha doente, dependia do castiço financeiramente e no auge da empolgação tinha desistido de uma laqueadura para agradá-lo (sim, ele não tinha filhos e ela tinha um casal, ‘seria muito egoísmo’, palavras do sujeito II), enfim, ele não sabia se “cagava ou desempatava a moita”, se casava, ou comprava uma moto, mas o fato é que dizia não ter certeza se ela era a mulher ideal ou não, mas de qualquer forma, sentia-se responsável por ela. Claro, que enquanto isso ele era só elogios e amores com a mocinha, que a essa altura, estava toda derretida pelo castiço. Eles passavam hooooras no msn, no celular, se falavam praticamente todos os dias, e o belo prometia que ia resolver aquela situação.
- Essa semana não vai dar para resolver isso. Tenho prova, tenho que estudar pro concurso, levar meu pai no médico, comprar materiais de construção para bater a laje, levar minha mãe na igreja...aff...era coisa viu? Até que ela deu o ultimato:
- Você vai ter que resolver esse problema, pois assim não vai gerar!
Pois é, o belo resolveu o problema. Ele não só, não terminou o romance com “a pessoa”, como começou a namorar a vizinha de cima. Ela soube semanas depois.

É vera, viu? É vera! (palavras do sujeito III)

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