sábado, 9 de outubro de 2010

O dito "INFERNO ASTRAL"

Há pouco, meu carro quebrou. Lembrei de algo que li num livro, sobre as "mulheres não conseguirem enxergar uma luzinha vermelha piscando no painel do carro, mas conseguirem enxergar uma meia suja a metros de distância". Em parte, é verdade. O fato é que meu carro esquentou, mas a luzinha que é bom, esta não acendeu, tenho certeza! Conclusão: o motor esquentou e o carro foi guinchado para oficina. 
Um amigo, muito prestimoso, resolve se oferecer para me dar carona para o trabalho até meu carro ficar pronto, dizendo não interferir em nada em seu itinerário. Neste caso, aceitei (Óóóóhhhhh). Já no primeiro dia, o sujeito demonstrou certa insatisfação, lendo um jornal (no ar condicionado congelante do veículo), enquanto eu me perdia apanhando os pequetrecos que antes costumava deixar em Morango (Morango em maiúscula, por ser nome próprio: é o nome do meu Ford KA vermelho). Chaves, celular, bolsa, pasta de documentos e contas a pagar, aff... Enfim, entro no carro. Agradeci e comecei a puxar assunto pra descontrair. O belo, muito seriamente faz a manobra e seguiu. Tentando desviar do engarrafamento, toma um caminho alternativo e eu prontamente lembro de outra parte do mesmo livro, que dessa vez dizia que "homens tem um excelente senso de direção e que não gostam de ser contrariados". Mas não aguentei e esbocei uma reação, seguida de um comentário: você sabe para que lado é o meu trabalho? Ora pois, não deu outra. Constatei que o livro dessa vez não estava correto em parte e sim no total. De pronto, ele respondeu que eu devia tê-lo avisado antes, pois eu é que conhecia bem as imediações, pois era eu, quem morava ali (hã?). Ok. Engoli a seco, pois, "carona não se governa", já dizia minha amiga Beyoncé. Vamos lá... Ele fez o retorno (longe pra caramba, por sinal) e seguimos pelo caminho correto. Percebendo seu mau humor, permaneci calada e desta vez ele que procurou assunto... Disse que eu estava sumida e que deveríamos nos ver mais vezes (Lá vem o pagamento da gasolina), coisa e tal. Expliquei que estava com alguns percalços e que estava esperando passar o meu inferno astral. 
- Inferno Astral?? Bradou ele. É o quêeee??? 
Jesus, que arrependimento! Pra que eu teci esse comentário com esta criatura? O traslado foi o pior possível. Escutei tanta coisa daquele abençoado, que eu era superticiosa, impressionada, infantil, etc e etc, que fiquei chocada! 
Moral da historia: Me despedi, agradeci imensamente pela condução e sumi pelas semanas seguintes. Melhor encarar o busão, que ser encontrada estrangulada nas proximidades do CAB. Deus é mázi, como diria Zenaide.

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