Conversando mais uma vez após o almoço no trabalho sobre entrevistas de emprego, lembrei de uma:
“Certa vez, minha mãe precisou de uma secretária do lar, para cuidar da casa. Pesquisou, pediu indicações às amigas e chegou a uma possível pretendente à vaga.
Perfil da candidata: Uma senhora, cerca de 40 anos, casada, mãe de cinco filhos.
Funções: Cuidar de uma casa com muitos cômodos, quatro pessoas e um cachorro.
Hora da entrevista a senhora começa a falar initerruptamente:
- Trabalhei numa casa durante 16 anos, possuo referências, sei cozinhar forno e fogão, mas não é minha especialidade. Gosto mesmo é de arrumar casa, mas faxina, só uma vez no mês. Não lavo roupa íntima, nem roupa pesada na mão e passar roupa, só se for uma vez na semana. Não cuido de crianças e não gosto de bichos. Inclusive já percebi que a senhora tem um cachorro. Até posso botar comida, mas não dou banho, nem levo pra passear, pois tenho alergia a pelo de cão e de gato. Espero que a senhora não tenha gato, ou tem? Bom, não trabalho aos domingos, nem nos feriados e aos sábados, só trabalho até o meio-dia, porque é dia de feira e tenho que fazer mercado pros meus filhos. Não durmo no trabalho e nem passo das 17h30, pois moro longe e tenho que pegar condução. A propósito, o transporte é por fora e só trabalho com carteira assinada, pra garantir meus “benefício”... e blá, blá, blá, blá, blá...
Até que, minha mãe estranhamente tranquila, perguntou delicadamente:
- A senhora já acabou?
- Sim. Responde a pobre criatura.
- Eu quero lhe fazer apenas uma pergunta. A senhora sabe tocar piano???
- Ãh... Sei não senhora.
- Ahhhh, lamento muito, mas a senhora não poderá trabalhar nesta casa. É que nós temos o hábito de almoçar, ouvindo piano. Ludwig Van Beethoven, compreende?"
Silêncio no recinto.
A senhora foi embora sem dizer palavra. Dá próxima vez ela vai pensar direito no que falar, antes de uma OFERTA de emprego.
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