Final de noite, a espera da melhor reportagem do Fantástico (que eles sempre deixam por último), toca meu celular. Era amiga minha, contando a última da noite: – ‘Amiga, essa é digna de seu Blog’, comentou. Concordei e atendendo ao seu pedido, resolvi postar. Eis o espetáculo circense, relatado na íntegra:
“Paqueritho da moça tentava usufruir ao máximo o seu final de semana e procurou extrair algo que a noite ainda podia lhe oferecer:
– Posso passar aí para te dar um beijo? Inquiriu o belo.
– Uma hora dessa? Pirou foi? São 22h30 da noite! Bradou a moçoila.
- Pirei nada, ainda é 21h30, seu relógio é que deve estar louco! Ele retrucou. Bom, realmente o belo estava certo. O PC havia adequado as horas pelo Horário de Verão (eu mesma constatei o fato posteriormente pelo meu notebook).
- É o que tem pra hoje! Não estou fazendo nada mesmo...deixa ele vir. Completou minha amiga.
Quinze minutos após o seu celular toca novamente. Era o ‘paqueritho’ que já a esperava na porta do Edifício. Ela fez sua profilaxia dentária, deu uma incrementada no visual, uma ‘barrufada’ de perfume e pegou o elevador. A rua estava um deserto. Não havia sequer um “pé de gente” e eles ficaram receosos. O carro do belo, além de desconhecido dos moradores do prédio, era cheio de “chiada”; vidros escuros, rodas de não sei mais o que, DVD com tela de não sei quantas polegadas (etc, etc e um real de big, big), enfim, levantava suspeitas estacionado na porta do prédio.
- Vamos dar uma volta? Sugeriu o castiço.
- Como, assim? Nem avisei nada em casa...
- É rapidinho. Vamos aqui no posto mesmo, só para ficarmos mais um pouquinho juntos, estou com saudade de você... (Ti bunitinho)
Claro que o belo (finíssimo, discreto e educado) não se convidou para subir. E sabia inclusive, que não ficava bem para a moça, nem era seguro para ambos, ficarem namorando dentro de carro. Foram então dar a tal voltinha...
Próximo à ‘Select’, avistava-se uma blitz, então ela lembrou que estava sem os seus documentos.
- Entra aqui nessa rua...falou rápido. Ele prontamente obedeceu sem entender nada e, na agonia, caiu num buraco, deixando transparecer seu aborrecimento.
- Entra aqui nessa rua...falou rápido. Ele prontamente obedeceu sem entender nada e, na agonia, caiu num buraco, deixando transparecer seu aborrecimento.
- Por que você fugiu da blitz? Não devemos nada a ninguém...o carro está ok, estamos juntos, que há de errado? A moça, explicou que não queria incomodar sua mãe, caso ocorresse alguma coisa, pois ela estava sem documentos e era melhor não abusar da sorte. Seguiram então pela avenida e acabaram praticamente na frente do seu prédio. - Pôxa amiga, o belo passa um ano sem aparecer e quando aparece, fica rodando comigo que nem barata tonta, numa hora daquelas! Resmungou a pobre, indignada, ao celular.
Até que, para piorar a situação, ele ainda passou da entrada da rua. - Você passou da entrada!!! Falou, já nervosa. Ele disse: - Calma amor, já-já, te levo pra casa... procurando gracinhas e passando a mão sob o vestido da criatura. Distraído, caiu noutro buraco enoooorme...
- Pôxa!! Que p... De novo!? Desta vez, verbalizou revoltado.
- Se você não quer cair em nenhum buraco, devia prestar atenção na pista e andar mais devagar, não acha?
- Quero cair é em outro buraco...comentou o bruto. (Oi?)
Um minuto de silêncio.
Um minuto de silêncio.
- Vai pro blog! Comentou ela, em voz alta.
- Blog, que blog?? Hã?” (cara de paisagem)
Foi seu único e último comentário, até ele a deixar na porta de casa e ela descer do carro, cega, surda e muda.
P.S.: Taí, amiga. Espero que não tenha suprimido nenhum detalhe...
Nota da Autora: Narrei adjetivos como: “finíssimo, discreto, educado”... que não se convidou para subir??? Abstraiam o equívoco, por gentileza.
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