Era mês de junho. Forró bombando em todas as casas noturnas e academias lotadas de casais, se preparando para não fazerem feio nos interiores da vida. A convite de um amigo, fomos (eu, Leth, Jéu e Honey) em um aniversário podre de chique, em um clube da cidade. O aniversário terminou, porém, iria tocar em outra área, uma banda de forró. Como já estávamos lá dentro, resolvemos ficar e acompanhar alguns casais que estavam se apresentando na pista de dança. Muitos casais dançando, mas um, em especial, chamou nossa atenção pela sincronia e descontração.
Meu amigo ficou encantado pela moça e (nada gaiato), foi investigar se o rapaz que a acompanhava, era seu namorado. Constatado que eram apenas amigos, ele se apresentou para a moça, dando espaço para que o rapaz se aproximasse da nossa mesa e também engatasse uma conversa. Ambos eram professores de dança e Honey, entusiasmadíssima, resolveu arriscar uns passinhos na pista de dança a convite do “profe”. Dado começo de amizade, fomos convidadas a fazermos um “aulão” grátis na academia que eles trabalhavam. Trocados os telefones, o professor ligou, conforme combinado, mas devido uma prova (na época, eu e Honey estávamos no último semestre) não pudemos ir visitar a academia. Ele ligou então no dia seguinte, nos chamando para irmos ao Empório. Conversa vai, conversa vem, marcamos de ir após a aula, eis que o muso então sugeriu, que passássemos para apanhar ele, pois ele era recém chegado a Salvador e ainda não sabia muito bem andar na cidade. Desculpa esfarrapada, mas como estávamos pertinho e interessadíssimas em aprender uns passinhos novos, fomos buscar a beldade.
Chegando lá, muita gente, animação e, é claro, mulher “cumaporra”. Bom, como estávamos despretensiosas e unicamente interessadas em dançar, ficamos “de boa”. Logo o nosso professor, começou a se destacar na pista, chamando a atenção das moçoilas que ali estavam. As cervejas eram vendidas por ficha e eu e Honey estávamos bebendo pouco, apenas o suficiente para matar a sede entre uma dança e outra. O fato é que o nosso “acompanhante” vez por outra, “bicava” a nossa cerveja e nada de fazer uma gracinha e comprar uma ficha. O belo, não satisfeito em beber nossa cerveja e serrar nossa carona, resolve dançar com todas as “damas” do salão. Rodopiou pra lá, rodopiou pra cá e nós, já cansadas de um dia inteiro de trabalho, mais faculdade, resolvemos ir pra casa. Não é que o engraçadinho deu o perdido na festa? Quando fomos pagar o courvet para irmos embora, ele aparece, se sacudindo no meio das mesas, exibindo seus dotes artísticos.
- Vocês vão poder me deixar em casa?? Pergunta o elemento. (Eu ouvi isso?)
Resultado: Além de cansadas e indignadas, ainda fomos levar aquela mercadoria sem nota fiscal em casa, pedindo a Deus que a noite acabasse e acordássemos daquele pesadelo. Acredita que ele sequer se manifestou em abastecer Morango? E se tivesse que ir de táxi? Não iria ter que coçar os bolsos? Canguinha...
- Putsgrila..., nem que fosse uns “quinze conto”...falou Honey.
- Esquece amiga. Depois dessa, vamos pra casa que miséria pouca é bobagem.
Agora durma num barulho desse e diga que você dormiu bem?!
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