Certa vez, um “paqueritho” resolveu simplesmente trocar o meu nome. Isso mesmo, pasmem! Ele conseguiu a façanha de me chamar pelo nome de outra criatura. Não obstante o fato de tamanho constrangimento (não sei se mais da minha parte ou da parte dele), ainda foi capaz de dizer não ter “percebido o equívoco”. Vocês acreditam nisso? Claro que não. Você que já está se familiarizando com as historinhas deste blog, a uma altura dessas, já consegue perceber uma palhaçada de looooonge.
Bem, resolvi não esboçar reação de ciúmes para não dar ibope ao infeliz. O fato seria considerado “normal” se eu não estivesse no período iminente de soprar mais uma velinha e estar um pouco sentimental. Mas tudo bem. Fingi acreditar na sua justificativa e não me importar. Não sou do tipo de fazer questionamentos, nem de ficar em casa enrolada no edredom, chorando e sofrendo por qualquer besteira, embora tivesse meus momentos de me trancar no quarto e curtir uma fossa ouvindo Maria Bethânia! Mas fui vencida pelas vivências ao longo do caminho e resolvi assumir meu lado masculino, por assim dizer.
Recentemente, resolvi dar outra oportunidade a um ex. e vocês sabem: "ex" é pior que lepra! Como podemos imaginar um romance, cujas tentativas anteriores foram fracassadas? Se você terminou, obviamente era porque o elemento não prestava. Mas costumo dizer para minhas colegas, ex-namoro, ex-casamento e ex-affairs são que nem parto: a gente sofre com a dor, diz que é a última vez, mas com o tempo a gente esquece e engravida novamente. Bem assim aconteceu. Terminei com o bendito, namorei outros castiços, mas fantasiei que havia coisas mal resolvidas, vidas passadas, carmas, enfim... burrei novamente. Reatei o romance e ele passou por cima de mim como um trator. Sofri como uma desvalida e ele ainda acabou levando minha dor como troféu, além de minha TV de 32 polegadas e meu microondas.
Mas sabe que estou feliz? Se não fosse por isso não teria histórias para contar. Hoje noto que ele me fez uma bondade, pois se ele tivesse correspondido e o desvario virasse casamento, esta hora eu estaria:
- Lavando cuecas, tênis e colarinhos de camisas (aff!);
- Cozinhando à noite depois do trabalho, ao invés de estar na academia;
- Ouvindo roncos;
- Convivendo com aquele rádio amador gritando o dia inteiro em meu ouvido, sábados, domingos e feriados;
Com licença, vou ali gargalhar (jogando a cabeça pra trás) e já volto!!! kkkkkkkkkkkk
Mas não vou mentir que numa situação como essa, que um abençoado troca o meu nome pelo de outra sujeita, não lembro dele. Ele nunca trocou meu nome! Mas também, já me trocou por tanta coisa... (melhor não mencionar)
O problema da mulher é que ela acredita piamente que será capaz de mudar o bendito e que com ela tudo será diferente. Acredite fofinha, não é! Um cara que já traiu outras mulheres, dificilmente não irá te trair. Pior ainda se VOCÊ foi o objeto da troca (a lei do retorno fofura). Se ele é grosso com a mãe, com os irmãos, com a empregada e não dispensa o mínimo de educação com os amigos, você é que não irá desfrutá-la (quisá os inimigos, coitados). Se ele não perde nem sob tortura a cervejinha com os amigos na sexta-feira, mesmo sabendo que teu carro tá na oficina e você vai ter de encarar um busão em dia do jogo do BAVI, oh neguinha...desiste...ele não te merece “inha”...como dizia Renato Piaba...
Provavelmente você é míope emocionalmente e enxerga romance em tudo. É do tipo que diante da carência, crê em afeto quando o castiço age com simpatia; supõe carinho, quando na verdade ele está sendo educado; vê ternura, onde na verdade há cordialidade. Imagina afinidades enquanto existe constrangimento. Ou seja, nega-se a ouvir o que o silêncio está gritando. E o que é pior, o considera indeciso, quando o outro é apenas covarde para dizer “não”.
Pare de se torturar.
Engraçado, sabe que até esqueci a raiva que estava do protagonista da minha história, aquele que trocou meu nome no início desse texto, lembra?? Tá vendo aí? Até você mesmo já havia esquecido... Pera que vou dar mais uma gargalhada... kkkkkkkkkk
Conclusão: Eliminadas a miopia e a falsa esperança, o resto é como cálculo renal expelido sem nenhuma cirurgia... Dói como a zorra, mas segue o fluxo!
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