sábado, 13 de novembro de 2010

A Bateria.

Sempre acontece coisas bizarras comigo. Na realidade não exatamente comigo, mas costumo presenciar situações inusitadas. Estava no lounge do hotel sentadinha tomando um pouco de ar (acho até que já desbotei um pouco de tanto ficar reclusa num quarto) e estou ouvindo duas mulheres conversando. Uma devia ter uns vinte e cinco anos, outra um pouco mais. Bonitas, muito bem arrumadas, solitárias papeando. Conversavam sem a menor preocupação em quem estava a sua volta. Na verdade, estávamos entre mulheres, a recepcionista do hotel (que pelo barulhinho, conversava no msn), eu prostrada na poltrona e as duas conversando. Mas o fato é que a conversa me fez pensar.
- Esses homens de hoje em dia, sei não...
- Que foi fulana, estou notando você meio aborrecida, que houve?
- Sou uma idiota mesmo. Salvador uma hora dessa está bombando e eu aqui! Deixei de ir pro jogo do Bahia por causa desse miserável...
Um minuto de silêncio.
- Acredita que eu liguei pro fulano (namorado, imagino) e ele disse que “ia ver” se ia sair comigo? Que está de maré...
- Como é que é? Sério?
- Sério! Pra que eu ia mentir. Saí de Sal-va-dor pra passar o feriadão aqui com ele e ele, na cara dura, diz que não está afim de sair. Depois, quando toma uma ‘ponta’, não sabe o por quê...
- É verdade. Completou a outra.
- Ficou de me telefonar e até agora! Jacaré ligou? Bem assim foi ele... agora liguei pra casa do ordinário e adivinha o que a irmã dele me falou?
- Não faço a menor ideia...
- Que o idiota tá na casa do fulano (amigo) tocando bateria. Tocando bateria? Pelo amor de Deus, em plena sexta-feira à noite? Eu mereço!

Voltei pro quarto, desolada. Pior de tudo, vai ser a pobre perder os cinco trios, se o “Bahêa” ganhar!!! Vixeee.

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