Estava bem na minha, prostrada numa esteira, com meu Ray Ban, meu chapéu de praia, feliz da minha ‘life’, olhando o céu azul, ouvindo o barulho da queda d’água da cachoeira e do vento balançando as folhas das árvores (a cara da riqueza!), eis que surge um castiço. Minutos antes, havia notado alguns olhares dele em minha direção, mas (imagino que por causa das minhas filhas), ele não se aproximou. Fiquei de longe observando sob os óculos (fazendo leitura labial, uma de minhas especialidades, rs) ele comentar com um dos amigos algo como, “é mãe delas cara!”. Fiquei na minha. Minhas filhotas, super atentas à tudo a sua volta, inclusive à mãe, também já haviam notado o interesse do moço. O mancebo não era de se jogar fora: aparentava uns vinte e oito anos, corpo definido, alto, forte, cabelos lisos, óculos escuros, sunga estampada, daqueles que não passam desapercebidos. Aproveitando uma ida das meninas na cachoeira, prostrou-se em minha frente e largou:
- Aêhhh gatinha... já ehhhh... morou? Maneirão aêeehhh... aêhhhh. Tá gostando aqui do barato?? Óoohh... lá na vila rola umas paradas maneiras sacas? Um reggae nativo... mó filé. Aêhhh...pô gata, nunca te vi por aqui... tú é de onde mermo??? (oi?)
Pára tudo: Tira o áudio e deixa só a imagem “Pe-la-mor-de-Deus”!!! Pensei.
Claro que catei minhas coisas, peguei minhas gurias e evadi do local.
Aff...chuta que é macumba!
Aff...chuta que é macumba!
Nenhum comentário:
Postar um comentário