domingo, 28 de novembro de 2010

Tinha que ser meu tio...

Fui praticamente compelida a sair da dieta e comer uma “rabada com pirão” na casa de tia Wady. Nossa, que festa! Encontrei o tio Laerton que não via há alguns anos, reencontrei meus primos, umas amigas e foi praticamente uma folia momesca. Alguns já haviam abandonado a cerveja, mas a geladeira estava abarrotada. “Que pena que hoje é domingo!”, pensei. Um pecado deixar um refrigerador daquele jeito. Quase um crime.
Meu tio estava de passagem. Viera de Itaberaba para nos visitar e comemorar o aniversário em família. Havia também uma amiga de minha tia que acabara de chegar de Senhor do Bonfim e estava hospedada em sua casa.
Claro que meu tio, exímio galanteador (e solteiro), não perdera tempo. Tratou de encher a moça de comentários elogiosos, muito bem selecionados. Um ‘gentleman’, por assim dizer. Ele mesmo fora para a cozinha preparar os quitutes, inclusive com direito a sorvete e doce de leite caseiro, receita da minha falecida avó. Um chuchu. Ficamos abordando seus dotes culinários, seu cavalheirismo, admirando a paquera e sorrindo a cada uma das suas investidas. E eu dizia a todo momento: “Amiga, não se fazem mais homens assim... esse é pra casar.” (mereço uma ambrosia, viu tio?! heuehuehue)
Mas a cereja do chantilly, estava a caminho. A moça, educada que é, estava na cozinha ajudando a anfitriã a lavar a louça do nosso ‘banquete’, quando meu tio adentrou a cozinha. Vendo a cena ele bradou:
- Pelo amor de Deus, minha linda... saia já dessa pia! Não quero que estrague suas unhas lavando pratos! (Oi?)
“Aêhh! Já ganhou! Já ganhou! Já ganhou!” Gritei da sala.
***
Homem que cozinha, tece elogios e ainda lava os pratos?? É uma quimera. Tinha que ser meu tio.kkkk

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