domingo, 14 de novembro de 2010

Taxista Gofadinha ataca novamente...

O voo estava marcado para as 14h30. Resolvi ligar para o ‘Taxista Gofadinha’ me buscar no aeroporto. Imaginei que pelo adiantar da hora ele já teria almoçado, feito a digestão e assim não cometeria nenhuma gafe. No horário marcado, lá estava ele; cabelo moicano e alguns quilos ainda mais magro. Apanhou as malas, perguntou como fora a viagem e seguimos o traslado. Partimos pela Paralela e nas imediações do Wen’t Wild iniciava um engarrafamento.
- Já são os torcedores a caminho do jogo? Questionei.
- Isso mesmo! Fiquei até com medo de chegar atrasado para buscar a senhora, pois a Paralela está parada no outro sentido. O Estádio já está lotado. São cinco trios na rua, se o Bahia ganhar! Comentou ele.
Lembrei da pobre moça do post anterior, que iria perder esse momento histórico... tchadhinha... O jeito foi relaxar. Mas ‘Gofadinha’ não iria conter a língua na boca por muito tempo. Falava pelos cotovelos, muito pior do que eu. Mas a essa altura do campeonato, num engarrafamento daquele, suas histórias poderiam render qualquer coisinha para o Blog, rs.
E rendeu. Acompanhem o diálogo.

- A senhora gosta de Exaltasamba? É que tenho três convites para o camarote, open bar do Exaltamaníacos. Comprei para ir com minha namorada e minha cunhada..., a daqui de Salvador, aquela ciumenta, a senhora lembra?! Mas, ela terminou tudo comigo e agora eu quero vender.
- Pôxa, lamento muito Gofadinha. Mas fica tranquilo, que logo vocês reatam. Melhor guardar os ingressos...
- Não. Dessa vez não tem volta! Ela não quer me ver nem pintado de ouro! Descobriu que eu tinha outra no interior. Pegou umas mensagens em meu celular e aí, já era! Pior, é que ela pegou o número da 'mina do interior', telefonou pra ela e contou tudo. E a outra, que não sabia de nada, terminou comigo também. Agora, tô sem as duas!
- Pôxa Gofadinha, aí agora ficou complicado. Por que não escolhe uma das duas e tenta se desculpar? (olha eu, dando uma de psicóloga)
- Pensei nisso hoje, acredita. Melhor uma na não, que duas voando (e deu aquele sorriso amarelo). A daqui eu não quero mais, pois ela me deu maior “prejú”. Na hora da raiva picou-lhe a porra do celular na parede e o bicho partiu em banda! (palavras do mancebo). Pior foi minha agenda que tava gravada no aparelho. Perdi todos meus contatos. Mas já comprei outro, ainda melhor do que o que a maluca quebrou, top de linha! (falou mostrando-me o aparelho, muito maneiro por sinal, internet, visor digital, câmera porreta, igual que Honey me presenteou, rs) Mas não li o manual ainda! (que manual de instruções que nada, Pedro Bó! Tu vai ler porra nenhuma, pensei, humpf...)
- Tenho um aparelho igualzinho. Tem dificuldade não. Comentei.
- Ah, a senhora podia me ajudar então. Pode digitar aí uma mensagem pra 'mina do interior'? Ela sim, não tem culpa de nada...
- Melhor você mesmo fazer isso. Quando pararmos, te mostro como é fácil.
- Oh, por favor. A senhora é mulher, sabe melhor que eu o que ela deve estar pensando. Escreve aí alguma coisa. Não posso perder essa mulher...
Hesitei um pouco, mas tive dó de Gofadinha. Mas Deus, em sua infinita sabedoria, não ia deixar passar em branco...
- Ah! Já ia esquecendo... a senhora põe na mensagem pra ela me ligar, pois estou sem crédito! (oi?)

*Ahhh Gofadinha! Não fez merda na entrada, mas fez na saída. Tu estava até indo bem, Cara Pálida! Quer dizer que você quer reaver a moça e não quer gastar “um interurbano”? Logo vi. Devia ter notado, quando você disse que a outra deu prejuízo. Por mim, você fica é sozinho mesmo, pra aprender!

Só faltou pedir pra eu enviar no corpo da mensagem o número da agência e conta-corrente pra pobre ajudar nas prestações do celular. Ah, me faça uma garapa!

*Não comentei, mas tive vontade.                                                                                        

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