Estava esses dias, degustando um sorvete na porta do Salvador Shopping, esperando minha irmã, retardatária, para irmos ao cinema. Muito observadora, prestava atenção no movimento, enquanto ouvia a conversa de alguns taxistas na entrada do Shopping.
- Cara, vida de taxista não é mole. Preciso ganhar dinheiro pra sair dessa.
- Por que fulano? Indagou o outro.
- Porque tem certas corridas meu amigo, que dinheiro nenhum paga. Ontem estava saindo daqui umas dez horas (da noite, imagino), indo pra casa, morto de cansado. Pensei em não pegar mais corrida, mas um casal deu a mão e eu parei. Pediram para tocar o carro sentido Costa Azul e ficaram no fundo do carro “se amassando”, beijo pra lá, beijo pra cá, mão não sei aonde...e eu todo desconsertado, olhando pelo retrovisor.
– A que altura do Costa Azul? Perguntei. Pois é meu velho, acredite, a mulher respondeu na cara dura..."qualquer motel daqueles ali do Costa Azul, moço”. Aumentei um pouquinho o som, pra não ouvir os sussurros dos “infeliz” (palavras do taxista, assim mesmo no singular), e estava tocando Alexandre Pires:...’como é que uma coisa assim machuca tanto, toma conta de todo meu ser’...
Não é que a mulher teve a coragem de ficar repetindo essa parte da música, bulindo “lá” no cara, até a porta do motel?? P...q...p...man. Taxista sofre!!!
Nota da Autora: Tive que concordar. Muito cara essa corrida, realmente. Na hora pensei: essa vai pro blog! kkk
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