quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Boca de "me dê!"

Passei a tarde “tentando” trabalhar... digo tentando, porque parece que quando estamos atribulados, de tudo acontece. A velha “Lei de Murphy”...
Processos e mais processos em minha mesa, planilhas, relatórios, despachos, mais meio mundo de papéis. Desliguei o celular. Estava impossível me concentrar com ele tocando a todo momento.  Após o almoço, com a consciência pesada, o liguei. Mas pra que??? Pra me aborrecer! Humpf.
Liga uma criatura me pedindo um favor... depois outra... e mais outra...
Três vezes só agora??? Vou ganhar na Megasena. Pensei.

Fiquei calada por alguns instantes, para não dar vexame.

- Que cara é essa Cleo, de quem comeu e não gostou? Pergunta um colega.
- Estou sem paciência hoje! Pôxa, meu celular não parou de tocar a tarde toda. Não consigo nem trabalhar direito. Agora veja: só problemas! Sempre alguém pra me pedir alguma coisa. Ninguém liga pra saber se eu estou bem, se meu carro tá com gasolina, se minha geladeira está abastecida, se preciso de alguma coisa, só “bocas de me dê!!!” Ahhh, por favor! Tem horas que cansa.

Silêncio no recinto. (todos olhando para mim, aturdidos! - mais uma vez, desci ladeira, com outra lata d’água na cabeça)

Toca meu celular. Já fiquei irritada!

- Oi Cleo, liguei só pra saber se você está bem, se precisa de alguma coisa. Seu carro tem gasolina? Que tal umas comprinhas no supermercado?? Podemos fazer uma vaquinha...

Gargalhada geral!! Era meu colega noutro canto da sala.
– ‘Pelo menos consegui extrair um sorriso seu hoje!’ Completou ele.

P.S.: Lembrei de um amigo que brincando, disse outro dia: “Cleo, você poderia ser professora de matemática! Já gosta de resolver problemas!”. Nem tanto amigo, mas como costumo dizer, sou para-raios de maluco.

Parênteses: Obrigada amigos, sou nada sem vocês!
;D

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