quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Torcedor fanático.

Amiga minha, tricolor apaixonada, contou-me essa hoje.
"Jogo do Bahia no Pitu-áço, ingressos esgotados desde o sábado, grande expectativa. Produção em alta, gloss, camisa oficial do time, bandeira e latinha em punho, lá vai a moça com outra amiga tricolor assistir ao jogo. Se prepararam cedo, começaram a “abrir os trabalhos” por volta das duas da tarde, na casa de um amigo. Adiantaram pra não perderem nenhuma jogada, ainda assim, ficaram presas em um engarrafamento próximo ao Extra Paralela. Sonzinho ligado, musiquinhas do timão, ao ritmo de Chiclete com Banana, foram se divertindo entre uma buzinada e outra. Imaginem: um carro com duas moças bonitas, com a camisa do Bahêa? Sonho de muitos vampirinhos baianos, né não? Seguiam na primeira marcha, procurando um local estratégico para estacionar, quando encostou um carro com um castiço. Ele olhou, sorriu, buzinou, fez sinal e a moça ao volante ficou interessada. O rapaz pediu o celular da moça e ela ficou ressabiada. Ela notou que ele não estava com camisa de time, logo, deveria estar indo para outro local, que não o estádio.
- Vamos comer um caranguejo depois do jogo. Estou indo pro “Cabana do João”, pertinho do estádio. Vamos? Sugeriu o moço, encostando o carro o máximo que pode no carro da moça.
- É. Pode ser. Mas vai terminar tarde. Comentou minha amiga.
- Espero vocês lá. Ainda vou em casa tomar uma ducha. Completou ele.
- Ok. Passamos lá depois do jogo. Respondeu minha amiga toda animada.
Ele adiantou e ela foi estacionar o veículo, rindo e resenhando com a amiga.
Passou o jogo pensando no rapaz: moreno, cabo verde, boa pinta. Parecia um bom partido (palavras da moça). Acabou o jogo, correram até o carro e partiram rumo a Cabana do João. Chegando lá, deram de cara com o automóvel do castiço, estacionado próximo ao barzinho. Não é que o mancebo estava lá mesmo? Nervosa, ainda meio receosa ela combinou com a amiga:
- Vamos nos sentar e qualquer coisa, tomamos uma cervejinha com uma porção de lambretas. Ficar de bobeira, é que não vamos!
Assim fizeram. Sentaram à mesa e começaram a “checar o perímetro”. Nada do moço. O barzinho estava cheio, então ela resolveu dar uma verificada nas mesas mais reservadas. Deu de cara com o palhaço e tcharammmmmm, ele estava ACOMPANHADO.
Ela voltou para a mesa e logo de cara, a amiga percebeu a cara de assombro da criatura.
- Que foi amiga, achou ele?
- Sim, achei. Ele e a namorada dele.
- Namorada??
- Sim. O palhaço está logo ali com uma morena.
Minha amiga (uma lady), tomou um talagada de cerveja e ficou com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. Sua amiga (não tão lady, rs) tomou suas dores e levantou:
- Fica aí amiga. Vou dar um jeito nisso.
- Ei mulher! Volta aqui, o que você vai fazer???
A amiga ficou na porta do sanitário masculino esperando a hora do bote. – ‘Uma hora esse palhaço vai ter que vir aqui’. Mal ela fechou a boca, o palh...digo, o mocinho, levantou e foi até o sanitário. Na porta ela o abordou.
- Lembra de mim?
- Não, conheço você (olhando para a camisa do time)? Ahh! Estou me lembrando sim...
- Por que convidou minha amiga, se iria estar acompanhado? Posso saber?
- Porque sou Vitória e vocês são Bahia." (Oi?)

Um minuto de silêncio e sorriso sarcástico do palhaço.

P.S.: Olha gente. Ser Vitória não é doença não, mas palhaçada tem limites! Faça-me uma garapa.

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